Vem aí um fim de semana repleto de atividades sobre sustentabilidade. Marcas portuguesas, personalidades que se dedicam ao mundo da ecologia e projetos que procuram um futuro melhor para o planeta. Tudo isto para explorar no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa. Coloque na agenda: dias 8, 9 e 10. É a não perder.

Entre as dez da manhã e as sete da tarde, mergulhe no mundo da sustentabilidade com alguns especialistas no assunto. Entre palestras, workshops e um mercado com marcas nacionais e produtos com responsabilidade social e ambiental, o leque de temas a explorar diversifica-se.

Aprender sobre sustentabilidade

Na Cidade do Zero há muito para descobrir. Para cada dia, há atividades no átrio, na cozinha, na biblioteca e no laboratório. Ativismo ambiental e social, cozinha sem desperdício, vegan e saudável, compostagem, cuidado com plantas são apenas algumas das propostas.

Há ainda oficinas de reparação de roupa e sapatos, espaços de trocas de roupa e, claro, pontos de reciclagem, não só de embalagens, como também de outros tipos de resíduos.

O que vai acontecer na Cidade do Zero

No dia 8

As atividades do dia começam com um workshop sobre compostagem com Carolina Bianchi, da empresa MudaTuga.

Mais perto da hora de almoço chega o zero desperdício na cozinha, com Francisca Gusmão, enquanto a nutricionista Ana Monteiro traz “Cascas para que vos quero”.

No período da tarde, na biblioteca, vão estar três ativistas: Carolina Salgueiro Pereira, Tânia Graça e Catarina Oliveira. Entre o meio-dia, as duas e as quatro da tarde, ativismo, empoderamento feminino e cidades inclusivas serão os temas em debate.

Nos mesmos horários, o laboratório acolhe workshops em que a economia circular é a chave e o óleo alimentar usado a matéria-prima. Prepare os óculos de cientista: aqui vai aprender a fazer velas, detergentes e sabonetes a partir daquele resíduo doméstico.

No dia 9

No sábado, as boas-vindas, no átrio, ficam a cargo da Sofia Manuel, conhecida nas redes sociais como a Tripeirinha. O tema será cuidar de plantas.

Ao meio-dia, a biblioteca recebe Raquel Vareda, para falar sobre crise climática e saúde pública, e às duas, com Salomé Areias e Marta Barata, a conversa é sobre o papel do consumidor na indústria da moda.

Na cozinha, pela mesma hora, Luísa Mafei ensina a ser vegan em casa como um chef e às quatro trocam-se as receitas comestíveis por lições sobre tingimento de roupa, com Sara da Silva Diniz.

O dia termina com ensinamentos de vermicompostagem e compostagem termofílica. Conceitos explicados por Tiago Matos, ambientalista e autor do livro “Compostagem Doméstica”.

No dia 10

No último dia de evento, fala-se de como fazer uma horta em qualquer sítio (até num apartamento), com André Maciel, o fundador do projeto HortasLx, às 11 horas, no átrio. Enquanto isso, na cozinha mantêm-se as mãos na massa contra o desperdício alimentar, com Sofia Magalhães, do blogue da Spice, e a dupla Rui e Maria, da Kitchen Dates; e na biblioteca, as palestras seguem com Tiago Fortuna, Jwana Godinho e Laura Thiawe, com os temas Inclusão e acessibilidade e alterações climáticas e ansiedade.

O evento termina às 17, com música.

Esta cidade não foi criada do zero

O Pavilhão do Conhecimento vai transformar-se numa cidade mais ecológica. Não só pelos temas que vai expor, como também pelo facto de todo o evento ter sido pensado para causar o menor impacto ambiental possível.

Criados com base na reutilização, a maioria dos equipamentos e objetos que aqui podemos encontrar já não serve o seu propósito original. Assim, há andaimes de construção, tecidos de deadstock de fábricas nacionais e muitos materiais a serem reutilizados ou reciclados para criar os espaços.

Cidade do Zero, com (quase) zero emissões

Outra forma de tornar este evento mais ecológico passa pela forma como se chega até ele. Situado no Parque das Nações, é possível ir até ao Pavilhão do Conhecimento de transportes públicos, como autocarro, comboio ou metro, ou ainda de bicicleta ou trotinete, sendo que, para estas últimas opções, haverá estacionamento privilegiado.

Apesar de procurar produzir a menor pegada carbónica possível, vão também ser compensadas as emissões de CO2 produzidas. Além disso, cada visitante que adquira o bilhete de três dias será ressarcido na totalidade para poder investir em projetos de impacto social e/ou ambiental.

Há, pois, muito para explorar e aprender sobre sustentabilidade. Passe pela Cidade do Zero: é a não perder.