Se estiver na região oeste, não deixe de visitar a serra de Montejunto. De carro, a pé ou de bicicleta aprecie a paisagem e a biodiversidade envolvente. Aproveite para ver alguns dos moinhos de vento que sobrevivem à modernidade.

Esta serra é considerada o miradouro natural mais alto da região da Estremadura. Abrange as localidades de Cadaval e Alenquer, bem perto de Lisboa, e revela, na sua extensa paisagem, o legado do ofício dos moleiros.

Chegaram a existir aqui cerca de 50 moinhos de vento; no entanto, com o passar dos anos foram poucas as estruturas que se mantiveram de pé. Ainda assim, hoje em dia, é possível encontrar perto de dez exemplares em bom estado de conservação e alguns até a laborar.

É o caso do Moinho do Penedo dos Ovos, que foi construído em meados do século XX. Este espaço, conjuntamente com o anexo que se constitui como casa de moleiro, foi recentemente restaurado e funciona frequentemente, conseguindo fazer a moagem do trigo.

O moinho de Avis é outro exemplo. Totalmente recuperado e reaproveitado, encontra-se agora não só a produzir e vender farinha, como também de portas abertas para quem o quiser visitar. A propriedade conta ainda com uma segunda estrutura mais pequena que foi convertida num restaurante, o Curral do Burro.

Moinho de Avis

Já em Penedos de Alenquer, perto da Área da Paisagem Protegida, pode encontrar-se o moinho do Lebre. Aqui os visitantes têm a oportunidade de ficar instalados no interior, já que o espaço foi convertido em alojamento local. Mantendo toda a sua estrutura e área envolvente, tem capacidade para até quatro pessoas, está preparado para estadias rusticas e devidamente equipado.

Este é um bom pretexto para descobrir mais sobre o País. E, ao mesmo tempo, para estar em contacto com a natureza, fugindo dos destinos mais procurados, bem como uma boa oportunidade para uma revigorante caminhada. Não se esqueça, porém: deixe que a paisagem o marque, mas não deixe a sua marca.