O seu ano pode começar com uma escapadela alentejana à Malhadinha Nova. A herdade, em Albernoa, Beja, é reconhecida pelas medidas de sustentabilidade e proteção ambiental que adota, tendo ficado, por exemplo, em segundo lugar na categoria Best Use of Sustainability in Culinary, dos prémios Global Culinary Travel Awards 2022. A RECICLA deixa-lhe a sugestão deste turismo amigo do ambiente.

Na Malhadinha Nova, a sustentabilidade entra na cozinha

O que é que a Herdade da Malhadinha Nova tem? Tem 450 hectares, respeito pelo ambiente e sustentabilidade ambiental – estes dois últimos são a “linha orientadora de atuação desde a primeira hora”.

Lá, a ação humana está reduzida ao mínimo possível. O conceito gastronómico do restaurante, com consultoria do chef alemão Joachim Koerper, assenta numa cozinha de autor que privilegia os produtos locais, produzidos in loco em regime biológico: nas áreas agrícolas, na vinha, no olival ou na produção animal.

A família Soares, proprietária da herdade, define a sua agricultura como sustentável e extensiva, além de biológica. As hortas dão ervas aromáticas, alface roxa e normal, alho-francês, couves, cebola, curgete, beringela, pimentos, tomates e morangos. Já nos pomares, proliferam os limoeiros, as laranjeiras, as nespereiras e as macieiras. E também se produzem azeite e mel – 100% natural, enriquecido pela abundância de flores selvagens do Alentejo, e feito com recurso a métodos de produção e extração artesanais.

A sustentabilidade ambiental está na génese da plantação da vinha e no topo das prioridades do projeto agrícola, pelo que a Malhadinha Nova faz parte do Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo. A vinha insere-se no terroir, respeitando e integrando o ecossistema e a biodiversidade. “Queremos joaninhas, aranhas, bicharocos de todo o tipo. É um investimento que torna a vinha mais rica e complexa, o que se reflete na autenticidade dos nossos vinhos”, explica o patriarca da família, João Soares.

Sustentabilidade neste alojamento

Na propriedade, existem cinco barragens para acumulação de água das chuvas; estações meteorológicas que permitem monitorizar o correto crescimento das plantas; sondas de humidade que ajudam a gerir o nível de stress hídrico, por forma a maximizar a qualidade; e corredores biológicos estrategicamente plantados, que permitem atrair uma maior diversidade de fauna auxiliar, a qual ajuda a combater os inimigos da vinha, evitando o recurso a tratamentos artificiais, como pesticidas.

Durante a escapadinha, há sempre a companhia das raças autóctones alentejanas que vivem na propriedade, em liberdade e no seu habitat natural: o montado alentejano. São elas: o porco preto, a vaca, e a ovelha merina branca e preta.

Já está convencido? A isto tudo, junta-se o pôr do sol do Alentejo. É mesmo um “a não perder”!