Surfistas e entusiastas desta modalidade: há uma nova exposição que reforça a ligação do surf ao ambiente e pode ser visitada de forma gratuita no Oeiras Parque, entre as dez da manhã e as onze da noite, todos os dias, até ao final de junho. Contamos-lhe todos os pormenores já de seguida.

E se num dia, ao passear pelo centro comercial, pudesse parar para assistir a uma exposição? A Surf Art propõe-lhe exatamente isso. Instalada no segundo piso do Oeiras Parque, oferece a possibilidade de estar frente a frente com as pranchas de surf de competição de atletas como Tiago Pires ou Nuno Vitorino.

Exposição Surf Art_ Nuno Vitorino
Surfista Nuno Vitorino

Para ver de perto estão também disponíveis uma réplica da prancha que Garret MacNamara utilizou para surfar o Canhão da Nazaré e um protótipo de alta performance.

Mas, não é só de pranchas que vive esta exposição. Há fotografias para ver e que permitem ficar a conhecer momentos decisivos em competição protagonizados por surfistas portugueses como Frederico Morais, Mafalda Lopes, Teresa Bonvalot, Tiago Pires, Vasco Ribeiro, Afonso Antunes e Nuno Vitorino, como atleta representante do surf adaptado.

Mas o que tem esta exposição a ver com o ambiente e a sustentabilidade?

Como revelamos no início, esta mostra está associada às preocupações ambientais. Junto às pranchas dos atletas estão também duas outras feitas a partir de cortiça, da autoria do shaper Luís Carvalho, conhecido como LaCrAu. Este produtor de pranchas de surf já em 2019 tinha abraçado o projeto de criar cinco com resíduos de embalagens de plástico.

Entre estas pranchas, uma outra salta à vista. É da autoria de Bruno Costa, coautor da iniciativa Mar de Experiências, que investiga e cria documentos sobre a cultura costeira e explora criações artísticas com resíduos recolhidos nas praias. Esta prancha da marca Barbeau foi também feita com lixo recolhido no areal e é utilizada como objeto de consciencialização para a poluição marinha.

exposição SurtArt

Não fixe apenas os olhos no material que os surfistas utilizam para apanhar ondas. Se olhar para o teto poderá ver uma outra instalação, o Arrastão da Inconsciência. Trata-se de uma rede de pesca suspensa com diversos tipos de resíduos, também eles recolhidos das praias. O objetivo é mostrar como a maioria do lixo aqui retido pertence ao nosso quotidiano e foi descartado de forma indevida, inconsciente.

Outras pranchas de surf se juntam ao conjunto que compõe a Sur Art. Daniel Eime, Gonçalo MAR, Half Studio, Miguel RAM, Pantónio, Slap SkTr, Vanessa Teodoro e Vile são os oito street artists autores de pinturas originais e exclusivas. O trabalho destes artistas tem a companhia do de Kruella d’Enfer, artista visual e ilustradora portuguesa embaixadora deste projeto.

Agora que o verão está quase a chegar, esta exposição pretende passar a mensagem de que, mais do que a “casa” dos surfistas, os oceanos são de todos e que cuidar deles depende de cada um.

Se quer continuar a par de tudo sobre reciclagem e sustentabilidade assine a newsletter da RECICLA.