6, Março 2020
Pelos passadiços de Portugal
Na companhia
do mar ou da floresta em trilhos de madeira, estes são caminhos para desbravar
a pé ou de bicicleta, com maior ou menor dificuldade, numa terapia sempre de
mão dada com a natureza.
Na companhia do mar ou da floresta em trilhos de madeira, estes são caminhos para desbravar a pé ou de bicicleta, com maior ou menor dificuldade, numa terapia sempre de mão dada com a natureza.
Calce os ténis, equipe a mochila, encha o cantil com água, prepare a máquina fotográfica e junte a família ou os amigos. Antes de partir à aventura, tenha em conta que estes são espaços a proteger e a manter limpos. Agora sim, seja bem-vindo ao mundo dos passadiços de Portugal!
- Sistelo: No Parque Nacional Peneda-Gerês, na região de Arcos de Valdevez, são cerca de dez quilómetros ao longo das margens do rio Covo, Alhal e Cerradinha. O passeio vai deixá-lo sem fôlego, tanto pelas paisagens entre socalcos, como pela sua duração, que pode ir até às três horas; no entanto, a dificuldade é moderada. A ponte romana e o moinho, a Ermida de Nossa Senhora dos Aflitos e as capelas de Santo António e São João Evangelista são locais de passagem obrigatória. No final, vá até ao parque de merendas e faça um piquenique.

- Paiva: São os mais conhecidos e grandiosos do país, tendo sido distinguidos várias vezes pelos World Travel Awards. Inseridos no Geopark de Arouca, situam-se nas margens do rio que lhes dá o nome, convidando a um percurso com oito quilómetros cheios de surpresas: desde as cascatas de águas, aos cristais de quartzo e às espécies em vias de extinção. O percurso atravessa duas praias fluviais — Areinho e Espiunca — havendo ainda, entre elas, a praia do Vau. Visite também a Garganta do Paiva e a Gola do Salto. O passeio dura cerca de duas horas e meia. O nível de dificuldade é alto, mas a experiência compensa.
- Fiães: Ficam no distrito de Aveiro, mais concretamente no Parque das Ribeiras. Ao longo dos quatro quilómetros vai deparar-se com uma densa vegetação, várias cascatas e uma enorme variedade de aves, que podem ser vistas através da torre de observação. Apesar das muitas curvas, faz-se facilmente, sempre na companhia do rio Uíma.
- Osso da Baleia: Localizado na zona de Pombal, este é um passadiço diferente, pois, em vez de rio, estende-se por uma praia com o Atlântico à frente. Ao longo da zona dunar vai ter a oportunidade de observar toda a vegetação envolvente. A praia com o mesmo nome é detentora de bandeira azul.

- Alamal: Se quiser saber qual o passadiço em Portugal que melhor conjuga beleza e facilidade na caminhada, a resposta pode ser o do Alamal, situado em Gavião. São quase dois quilómetros que ligam a Praia Fluvial do Alamal à Ponte de Belver, onde vai percorrer um troço do vale do rio Tejo e das suas arribas. Aproveite para visitar o Castelo de Belver, bem como as praias fluviais, e descubra as ilhotas perdidas no meio do rio, enquanto ouve o cantar das aves que vivem na floresta envolvente.
- Foz do Arelho: Próximo das Caldas da Rainha, é, talvez, o mais original do país. O percurso não é muito extenso, mas é rico em beleza. São 800 metros estrategicamente concebidos para que possa contemplar o mar. Em dias limpos, a visibilidade é ampla, podendo alcançar-se as Berlengas. Aconselhamos a percorre-los ao pôr do sol ou ao amanhecer.

- Alvor: Fechamos a nossa lista com o Passadiço do Alvor, em Portimão. São seis quilómetros de extensão sobre as dunas que unem as praias dos Três Irmãos à Ria de Alvor. No verão, este passeio convida a um mergulho na praia. No resto do ano, caminhe, ou ande de bicicleta, para contemplar a paisagem e o extenso areal que o passadiço tem para oferecer.
Faça o seu roteiro, mas não se esqueça: não deixe lixo para trás.