21, Agosto 2025
Estes objetos de praia parecem recicláveis… mas não são
As férias de verão são sinónimo de descanso, sol e mar. Na mala, juntamente com as toalhas e os protetores solares, seguem inúmeros objetos que prometem tornar os dias na praia mais divertidos e seguros. No entanto, quando estes companheiros de verão se estragam ou chegam ao fim da sua vida útil, surge a questão: onde devem ser colocados?
As férias de verão são sinónimo de descanso, sol e mar. Na mala, juntamente com as toalhas e os protetores solares, seguem inúmeros objetos que prometem tornar os dias na praia mais divertidos e seguros. No entanto, quando estes companheiros de verão se estragam ou chegam ao fim da sua vida útil, surge a questão: onde devem ser colocados?
Ao contrário do que a intuição nos diz, a maioria dos plásticos de praia não tem lugar no ecoponto amarelo. A razão é simples, mas fundamental para o bom funcionamento do sistema nacional de reciclagem: o ecoponto amarelo destina-se exclusivamente a embalagens.
Boias, braçadeiras e insufláveis:
As coloridas boias em forma de unicórnio, os colchões de ar e as indispensáveis braçadeiras para os mais novos são talvez os exemplos mais emblemáticos. Feitos de PVC (policloreto de vinilo), um tipo de plástico flexível, estes artigos não são considerados embalagens. A sua composição e a mistura com outros elementos, como as válvulas de ar, tornam a sua reciclagem inviável.
Assim, quando furados ou rasgados sem possibilidade de reparação, o seu destino correto é o lixo indiferenciado. Tentar a sua sorte no ecoponto amarelo é um erro que pode contaminar o fluxo de reciclagem e dificultar a separação dos materiais que efetivamente podem ganhar uma nova vida.
Brinquedos de praia e guarda-sóis:
O mesmo princípio aplica-se aos baldes, pás, ancinhos e outros brinquedos de plástico que fazem as delícias das crianças na areia. Frequentemente compostos por uma mistura de plásticos de diferentes tipos e densidades, a sua reciclagem é complexa. Se não for possível doá-los ou reutilizá-los criativamente, o seu lugar é também no contentor do lixo comum.
Os guarda-sóis, companheiros essenciais para a proteção solar, seguem a mesma lógica. A sua estrutura combina plástico, metal e tecido, uma mistura que impossibilita a sua separação no ecoponto. Quando já não têm conserto, devem ser descartados como um resíduo urbano de grande volume, o que implica, na maioria dos municípios, o seu encaminhamento para um Ecocentro.
Chinelos:
Os chinelos de borracha, outro ícone do verão, também não devem ser colocados no ecoponto. No entanto, começam a surgir iniciativas específicas para o seu reaproveitamento. Um exemplo é o programa “ReCYCLE” da marca Havaianas, que dispõe de pontos de recolha em lojas selecionadas para transformar chinelos usados (de qualquer marca) em novos produtos, como tapetes de ioga ou solas de sapatos. Esta é uma excelente alternativa à deposição no lixo comum, promovendo a economia circular.
Embalagens de Protetor Solar:
No meio de tantos “nãos”, há uma boa notícia. As embalagens de protetor solar, cremes e after-suns, essas sim, são consideradas embalagens e devem ser colocadas no ecoponto amarelo. As tampas podem e devem seguir juntamente com as embalagens.
Fazer as escolhas certas no final das férias é um contributo essencial para um sistema de reciclagem mais eficiente e para a proteção do ambiente. Um pequeno gesto que garante que as nossas praias continuem a ser o cenário de verões inesquecíveis.