29, Março 2019
"Vai tudo para o mesmo sítio" e outros mitos sobre reciclagem
Se ainda é dos que atribui as culpas de não reciclar aos outros, desengane-se. A maior parte da responsabilidade está nas suas mãos
Se ainda é dos que atribui as culpas de não reciclar aos outros, desengane-se. A maior parte da responsabilidade está nas suas mãos
Separar as embalagens para depois alguém as juntar no mesmo camião. Lavá-las e gastar água desnecessariamente. Ou que afinal não existem ecopontos suficientes são alguns dos argumentos para não se participar na reciclagem. Será mesmo assim? Clarifique estas dúvidas e na próxima vez que o seu vizinho argumentar com estas desculpas, já sabe como responder!
Vai tudo para o mesmo sítio
Se acha que os resíduos são todos misturados quando são recolhidos pelo mesmo camião, desengane-se: na recolha seletiva existem veículos bicompartimentados, que permitem recolher mais que um tipo de material/ecoponto, vão então depositar os resíduos nos centros de triagem em áreas de tratamento diferentes, consoante os materiais transportados.
É preciso lavar as embalagens
No que respeita às lavagens das embalagens para a reciclagem, não deve perder tempo demais – nem recursos – com a tarefa. As embalagens devem ser apenas escorridas de todo o conteúdo e passadas por água se necessário, para evitar maus cheiros. E, sempre que possível, devem ser espalmadas para ocuparem menos espaço nos contentores.
Não existem ecopontos suficientes
Em Portugal todo o território tem acesso à recolha seletiva, existindo mais de 45 mil ecopontos, número que corresponde ao triplo de caixas multibanco. Em muitas zonas já existe o sistema porta a porta, com recolha na própria habitação/prédio. Se mesmo assim acha que precisa de um equipamento mais perto, ou de saber onde fica o seu ecoponto, contacte o Sistema de Gestão de Resíduos local. Pode saber qual é aqui.
Já pago na minha fatura da água uma taxa de resíduos
A sua fatura da água inclui uma taxa relativa à gestão de resíduos que se trata de um valor cobrado pelo município para a gestão dos resíduos indiferenciados – aquilo que coloca no contentor do lixo normal. Estes resíduos seguem para valorização energética ou outras formas de tratamento e para aterro, processos que acarretam custos para o munícipio.
Os resíduos provenientes da recolha seletiva (ecopontos) são custeados pelas empresas embaladoras, que pagam a uma entidade gestora (por exemplo, a Sociedade Ponto Verde) para gerirem os resíduos de embalagens. A entidade gestora financia os custos dos seus parceiros municipais com a recuperação das embalagens usadas para reciclagem. Colocando no ecoponto e não no lixo indiferenciado todas as suas embalagens, irá potenciar a redução de custos na taxa de gestão de resíduos.