Sabe qual é a sua pegada ecológica? Descubra-a e veja o que pode fazer para mudar todo um estilo de vida: por si, pelos outros e pelo Planeta. A regra dos “R” ajuda

Três dias mais cedo do que em 2018, no dia 29 de julho, a humanidade atingiu o limite do uso sustentável de recursos naturais disponíveis para este ano. No nosso país, esse limite, também conhecido por overshoot day, foi atingido a 26 maio passado, dois dias antes de Espanha e apenas alguns dias após nações mais industrializadas e populosas como o Reino Unido, França ou Japão.  Isto deve-se, sobretudo, alerta a Associação Zero, ao nosso consumo de alimentos (32% da pegada global do país) e à forma como encaramos a mobilidade (18%).  Estes dados revelam a necessidade de se produzir e consumir de forma diferente e o primeiro passo pode ser dado já hoje.

Em nome da diminuição da nossa pegada ecológica (teste a sua aqui, ou neste site se vive em Almada, Bragança, Castelo Branco, Guimarães, Lagoa ou Vila Nova de Gaia), veja como chegar ao tão ambicionado futuro sustentável e “circular” com a ajuda de uma simples letra do alfabeto.

1 RESPEITAR. A si, os outros e a Natureza, responsabilizando-se pelos seus atos. Este é um dos primeiros passos para que todos os outros sejam bem-sucedidos.

2 REPENSAR. Essencialmente no seu modo de vida e no que está ao seu alcance para “mudar o mundo”. Seja pelas suas escolhas alimentares, pela forma como se movimenta diariamente (menos automóvel, mais transportes públicos), pelo tratamento que dá ao seu lixo, entre outras pequenas coisas como o simples modo como lava os dentes (com a torneira fechada) e assim poupar esse recurso tão precioso como a água. Por muito enraizados que estejam os seus hábitos, faça o esforço por reaprender novos comportamentos, mais ecológicos e saudáveis. Agradece o seu corpo, a sua carteira e o ambiente.

3 RECUSAR. Aprenda a dizer não a tudo o que não necessita e a muitas das coisas que lhe aparecem pela frente, como brindes e flyers publicitários, amostras e outras ofertas, palhinhas e talheres de plástico.

4 REDUZIR. Diminuir o consumo e, consequentemente, os resíduos produzidos, é um desafio cada vez maior na sociedade atual e sobretudo nos países ocidentais. Opte por produtos duráveis ou que se possam reutilizar e reciclar.

5 REUTILIZAR. O mesmo produto deve ser reaproveitado para mais do que uma utilizações. E se reciclarmos as embalagens de plástico, metal, papel e vidro  essa reutilização pode ser praticamente infindável. Brinquedos, roupas, móveis, utensílios, dispositivos eletrónicos e livros escolares, por exemplo, podem ser doados ou vendidos.

6 RECICLAR. O que não podemos reduzir e reutilizar deve ser depositado nos ecopontos específicos que depois seguirão o seu caminho para o tratamento adequado, ou seja, são devolvidos ao ciclo de produção que lhes dará uma nova vida para o mesmo ou outros usos.

7 REINTEGRAR. À natureza o que veio da natureza. Este conceito está ligado, por exemplo, ao que conhecemos por compostagem, um processo biológico através do qual os microrganismos transformam a matéria orgânica (como restos de fruta e de hortaliças) numa substância semelhante  a que se dá o nome de composto. Pode ser utilizado como húmus ou adubo para plantas de jardim ou hortícolas no quintal.

8 RECUPERAR. Antes de deitarmos fora um produto devemos ver se pode ser recuperado para a mesma ou outras utilizações. Uma pintura nova ou um pequeno arranjo numa peça que já está “velha” podem representar menos um “monstro” na rua.

9 REPASSAR. Divulgue e mostre aos outros as suas boas práticas. Aja pelo exemplo, a começar em sua própria casa.

10 REIVINDICAR. Exija aos outros, às empresas e às autoridades competentes boas práticas e políticas ambientais em prol de um Planeta mais limpo. Reivindique mas, mais uma vez, não se esqueça de dar o exemplo e inspirar os outros a fazer sempre melhor.