1. Consumo a crescer
Em 2018 foi feita uma avaliação ao consumo de água em Portugal. A Nielsen, empresa de análise de dados responsável pelo estudo, concluiu que se registou um crescimento de mais de 100 milhões de litros – equivalente a 13% – no que se refere ao consumo, e que 86% dos lares em Portugal Continental compraram águas sem gás em 2017. As águas sem gás e sem sabor representam mais de 95% do consumo, sendo este o segmento mais dinâmico.

2. Diferentes tipos
No nosso país, a indústria de engarrafamento apenas extrai, acondiciona e comercializa águas minerais naturais e águas de nascente. No seu Livro Branco, a Associação Portuguesa dos Industriais de Águas Minerais Naturais e de Nascente explica a diferença: tanto as minerais naturais como as de nascente são de origem subterrânea e 100% naturais. Mas dependendo da sua origem geográfica e geológica (rochas) podem ser mais ou menos ricas em determinados sais minerais e oligoelementos e, consequentemente, até o sabor pode diferir. Também há águas naturalmente gaseificadas, que dependem do aquífero e do aquecimento subterrâneo, sobretudo de origem vulcânica, de onde são provenientes. Os gases mais frequentemente associados às águas minerais naturais são os carbónicos e os sulfúricos.

3. Saiba ler os rótulos
Nem sempre é fácil interpretar o que dizem os rótulos da água engarrafada e, por isso, a DECO – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor dá uma ajuda ao publicar no seu site algumas dicas a ter em conta antes de comprar, até porque, como vimos no ponto anterior, há muitas variedades. Entre o que as diferencia está o pH ou nível de acidez, que se apresenta numa escala de 0 a 14. A água é neutra se medir 7, ácida, se inferior a 7, e alcalina se exceder este valor. Há que ter em atenção a quantidade de sulfato, uma vez que em grande quantidade, pode ser laxante, sobretudo associado ao magnésio. Com mais de 200 mg/litro são águas sulfatadas. Já o nitrato, é proibido acima de 50 mg/litro. As grávidas, as mulheres a amamentar e os bebés não devem beber águas com mais de 10 a 15 mg/litro.

4. Cuidado com a preservação
O ideal é comprar em locais com renovação frequente de embalagens como num super ou hipermercado, aconselha a DECO. Verifique se a água se encontra ao abrigo do calor e da luz e tenha o mesmo cuidado em casa. Guarde-a num local limpo, seco e fresco e consuma-a até dois ou três dias após a abertura. 

5. Reutilização e Reciclagem
A garrafa de água pode ainda ser reutilizada algumas vezes após a primeira utilização e, em fim de vida, deve ser deitada no ecoponto amarelo. Normalmente produzidas em material PET, este material é 100% reciclável.

6. Não beba da garrafa
Como as bactérias se desenvolvem em meio líquido à temperatura ambiente, há perigo de as bactérias presentes na boca contaminarem a bebida. 

7. A importância da reciclagem
A reciclagem é importante todo o ano, mas ganha especial importância em alturas do ano com maior consumo, como é o caso do verão.
É fundamental que se faça a separação de resíduos e que as garrafas sejam depositadas, espalmadas para ocuparem menos espaço, no ecoponto amarelo. E aqui fica um incentivo: a matéria-prima obtida ao reciclar mil garrafas de água é suficiente para produzir 100 pares de calças.
Para além da possibilidade de produzir novos objetos, muitas garrafas de água já têm pelo menos 25% de incorporação de PET reciclado.

8. Governo dá prémio a quem recicla garrafas
O governo vai passar a dar prémios a quem reciclar embalagens de bebidas em plástico não reutilizáveis. Até 2022, vão ser instaladas, em grandes superfícies comerciais, depósitos de recolha das garrafas de plástico e também das latas de alumínio das bebidas. Ainda não se sabe qual vai ser a retribuição, mas o governo já garantiu que não vai ser em dinheiro.