13, Março 2019
Cada português produz em média 487 quilos de resíduos urbanos por ano
Os valores mais baixos foram conseguidos em 2014. A partir daí, a produção de resíduos não para de crescer.
Os valores mais baixos foram conseguidos em 2014. A partir daí, a produção de resíduos não para de crescer.
Pode parecer muito – e não deixa de o ser – mas a verdade é que Portugal está em linha com a União Europeia no que diz respeito à produção de resíduos urbanos. Segundo dados do Eurostat, referentes a 2017, a média anual em Portugal está em 487 quilos por pessoa, ao longo de um ano. Este é um resultado próximo do alcançado no ano anterior, no qual foi registada a produção de 486 quilos por pessoa. A tendência tem sido, aliás, de crescimento, sendo que 2014 foi o ano com o valor mais baixo de sempre, altura em que foram gerados 478 quilos por pessoa. Desde aí, o número não para de subir.
O Gabinete Europeu do Ambiente, uma rede europeia de cerca de 150 organizações não-governamentais do ambiente, de mais de 30 países, fez as contas e refere ainda que em 1997, quando começaram a produzir-se este tipo de dados, a produção de resíduos por pessoa foi de 496 quilos. Ou seja, desde essa data, a variação para a produção atual – 487 quilos – foi apenas de oito quilos.
Ainda assim, os valores variam bastante entre os membros da União Europeia. A Dinamarca (781 kg/pessoa), o Chipre (637 kg/pessoa), a Alemanha (633 kg/pessoa), o Luxemburgo (607 kg/pessoa) e Malta (604 kg/pessoa) foram os cinco países que produziram mais resíduos. Do outro lado da lista estão a Roménia, com 272 quilos de lixo por pessoa, a Polónia, que conta 315 quilos por pessoa e a República Checa com 344 kg/pessoa.
No total dos 28 estados-membros e ainda a respeito dos dados de 2017, sabe-se que 30% dos resíduos foram reciclados, 17% passaram por compostagem, 28% sofreram incineração e 24% foram depositados em aterro. Estes números, quando comparados com os de 2007, mostram uma evolução: há 12 anos, quase metade (43%) dos resíduos europeus eram colocados em aterro, sendo apenas 24% reciclados.
