Nos últimos dias, o mundo esteve de olhos postos em Glasgow, na Escócia, a propósito da COP26. Esta conferência, que começou a 31 de outubro e terminou no dia 12 de novembro, chamou líderes mundiais, diplomatas, ativistas e cidadãos. Mas, o que significa e por que razão é tão importante? A RECICLA descomplica esta cimeira do ambiente. Leia aqui.

O que é a COP26?

É uma conferência organizada pelas Nações Unidas para debater a problemática das alterações climáticas. A sigla COP refere-se a Conference of the Parties, um encontro que se realiza todos os anos e conta com a presença de representantes dos países signatários da Convenção das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (UNFCCC, sigla em inglês), em vigor desde 1994.

Este ano, realizou-se a 26ª edição em Glasgow, na Escócia. Foi lá que estiveram reunidos cerca de 55 mil participantes, entre eles chefes de Estado, diplomatas, cientistas e especialistas. Esta cimeira é a mais importante desde a 21.ª, em 2015, quando se fixou o Acordo de Paris.

Para que serve a COP?

Esta conferência tem como principal objetivo acelerar as ações que visam cumprir o Acordo de Paris, o tratado que fixou medidas de redução de emissões de gases de efeitos estufa para travar o aumento do aquecimento global, evitando que este subisse 2ºC em relação aos valores pré-industriais, atingindo preferencialmente apenas os 1,5 graus. Em 2015, ficou também definido que, de cinco em cinco anos, seria feito um balanço de como os diversos países estavam a implementar as suas políticas em prol daquelas metas globais.

Porque é que a edição de 2021 é tão importante?

Adiada um ano por causa da pandemia, a edição de 2021 assinala o início da última década para atingir objetivos que permitem evitar que os impactos do aquecimento global sejam ainda mais severos e irreparáveis. A COP26 marca, na prática, o fim do prazo para os países apresentarem os seus planos de redução de emissões de gases do efeito estufa.

Estamos no caminho certo?

Ainda não. As ideias apresentadas são insuficientes para atingir a meta dos 1,5 graus. Os cientistas calculam ser necessário reduzir as emissões em 45% até 2030 e atingir a neutralidade carbónica em 2050, para atingir o valor proposto.

Uma das ações mais importantes é, de facto, reduzir as emissões de gases poluentes, abandonando gradualmente os combustíveis fósseis – carvão, petróleo e gás.

Para esta edição, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, tem como ambição que se fixem medidas “ousadas” e novas políticas não só para enfrentar as alterações climáticas, como também para eliminar o carvão e investir em tecnologias limpas.

Medidas essenciais a aplicar nos países

É necessário, entre diversas outras medidas:

  • Acelerar a transição para carros elétricos;
  • Acelerar a mudança para energia mais verde;
  • Criar ações para prevenir e minimizar as perdas e danos de biodiversidade;
  • Proteger a natureza e as populações mais expostas aos impactos das alterações climáticas.

Porque devemos travar o aumento da temperatura?

A subida da temperatura do planeta traz diversas consequências, entre elas o aumento de fenómenos meteorológicos extremos, que vão de precipitações intensas a incêndios violentos.

O aumento da temperatura proporciona também o degelo dos glaciares e, com ele, a subida do nível médio das águas dos oceanos. O que, por um lado, coloca em risco a existência de diversas cidades um pouco por todo o mundo, e, por outro, proporciona o aumento das erupções vulcânicas.

Além de vagas de calor mais frequentes, o planeta estará também mais exposto a precipitações intensas em determinadas zonas do globo, assim como a secas recorrentes noutras.

É, pois, imprescindível que governos e cidadãos adotem medidas globais e concretas para contribuir para uma maior sustentabilidade do planeta. Cada pequena ação conta e faz a diferença. Comece já a fazer a sua parte e Recicle Sempre.