Não sabe o que fazer com aquela peça de roupa que já não lhe serve ou de que já não gosta assim tanto? Continue a ler e veja as ideias que lhe deixamos.

Reciclar não é uma prática que apenas diz respeito às embalagens. A roupa também entra na equação e é possível dar-lhe uma nova vida. Assim que a estação do ano muda, facilmente consegue encher um saco com peças que já não servem ou que simplesmente não usa. Existem várias medidas que pode pôr em prática para lhes dar uma segunda vida, de uma forma solidária e sustentável. Confira algumas delas abaixo.

  • Doar: Esta é, provavelmente, a primeira opção que lhe ocorre quando pensa em desapegar-se destes produtos. Uma das possibilidades são os contentores de roupa, colocados, muitas vezes na via pública. Pertencem a associações de solidariedade, como a Humana e a Cáritas de Lisboa, ou ainda a autarquias, que, depois de receberem as peças, as distribuem por pessoas carenciadas. Outra alternativa é a doação direta a instituições de solidariedade social, que, aliás, têm por hábito organizar recolhas de roupa ao longo do ano. A época natalícia é ainda mais propícia, pelo que, se quiser desfazer-se de algumas peças, aconselhamos a tentar saber qual é a associação mais próxima de si. Caso não tenha nenhuma, as paróquias, por norma, também recebem roupa, que depois é distribuída a famílias que lhes podem dar um melhor uso.
  • Vender online: As peças em segunda mão têm vindo a ganhar terreno na Internet. Existem, cada vez mais, perfis em redes sociais com o propósito de vender as peças de vestuário de que já não se gosta. Pode valer a pena espreitar: Roupeiro, Micolet, Posmark são alguns.
  • Lojas de roupa em segunda mão: Há várias lojas, principalmente nas grandes cidades, que compram peças em segunda mão ou que as recebem à consignação, isto é, só depois de as venderem pagam aos antigos proprietários. Se é uma pessoa prática, esta é uma ótima alternativa para si: não vai ter de se preocupar com toda a logística que está relacionada com a venda de um produto… Mas, se tiver espírito para isso, porque não vender as suas peças num dos muitos mercados que há por aí: conhece as feiras da bagageira, por exemplo?
  • Lojas das marcas de moda: As marcas de moda têm vindo a adotar medidas mais sustentáveis, nomeadamente ajudando a prolongar a vida útil da roupa. É o caso da ZARA, que, em algumas lojas, possui contentores onde é possível deixar peças para reciclar – são depois separadas e encaminhadas para o fim mais adequado, ao abrigo de protocolos com organizações não governamentais. Caso as peças não estejam em bom estado para serem utilizadas, pode entregá-las na mesma, uma vez que são reaproveitadas para criar novos tecidos. Também é o caso da H&M, que possui um programa de reciclagem de têxteis e que oferece um voucher por cada saco entregue nas lojas. E aceita tudo, de vestuário a roupa de casa, de qualquer marca e em qualquer estado. E a C&A vai pelo mesmo caminho: “We take it back” é o programa de sustentabilidade, ao abrigo do qual oferece 15% de desconto em vale por cada saco entregue.
  • Recicle você mesmo: Há peças de roupa que já não usa porque estão curtas, compridas, pequenas ou grandes ou porque têm um pequeno pormenor com o qual já não se identifica. No entanto, será que não as utilizaria se tivessem um toque especial? Provavelmente, sim. Se tem algum jeito para a costura, deite mãos à obra, muna-se de tesoura, linha e imaginação… Umas calças podem transformar-se em calções, por exemplo. E, se não houver mesmo solução, uma t-shirt de algodão pode, perfeitamente, acabar como pano de limpeza. Se a criatividade não for muita e o talento para a costura ainda for menor, saiba que há serviços de corte e costura que ajudam a rejuvenescer qualquer peça.

Vá, espreite o armário e abra as gavetas: antes que entrem aquelas peças novas que comprou ou que vai receber no Natal, veja o que pode doar, vender ou reaproveitar. Afinal, a sustentabilidade começa em casa…