14, Maio 2020
E dos oceanos se fazem produtos de arrumação e limpeza de casa
Se
acredita que já adotou todas as medidas para uma vida mais sustentável,
trazemos-lhe um pormenor em que talvez ainda não tenha pensado. Os acessórios
de limpeza, que utiliza em casa, são sustentáveis?
Se acredita que já adotou todas as medidas para uma vida mais sustentável, trazemos-lhe um pormenor em que talvez ainda não tenha pensado. Os acessórios de limpeza, que utiliza em casa, são sustentáveis?
É que podem ser. A Fapil é uma empresa portuguesa que comercializa este tipo de produtos há já 45 anos. Recentemente, lançou a gama Ocean, que tem na sua constituição 20% de plástico recolhido nos oceanos, assim como outros plásticos reciclados.
Nasceu pela mão de Joaquim e Conceição Teixeira e inicialmente produzia vassouras e pincéis. O nome é a junção das primeiras letras de Fábrica de Pinceis, a que acrescentaram a denominação Limitada, dando, assim, origem a Fapil. No início do novo milénio, a fábrica aumentou a sua capacidade de produção e adquiriu máquinas de injeção de plásticos, podendo, a partir de então, começar a reutilizá-lo para o fabrico de caixas de arrumação.

A gama que chegou há poucos meses ao mercado inclui escovas, vassouras, baldes, caixas de arrumação e até estendais, todos eles produzidos com plásticos reaproveitados. O CEO e filho do fundador, Fernando Teixeira, afirma que a empresa está “a trabalhar diariamente para que os produtos Ocean tenham a máxima percentagem” deste material reciclado, pois até ao momento ainda não o são por completo. Ainda assim, o objetivo é “chegar a um ponto em que todos os produtos Fapil sejam feitos, na sua totalidade, com plástico reciclado”.
Inspirado pelo pai, já preocupado com estas matérias, Fernando Teixeira quer travar o cenário do plástico nos oceanos: “Na Fapil estamos fundamentalmente interessados em ‘fechar a torneira’, ou seja, impedir que mais plástico vá parar aos oceanos. Se lhe dermos um destino e utilidade, se as entidades colaborarem para agilizar processos e informar quem trabalha nas atividades de pesca, motivando-os, certamente que conseguiremos travar uma parte do problema. Estamos, cada um, a fazer algo para que, gota a gota, se resolva este desafio”, conclui.
Além de procurar diminuir a quantidade de resíduos plásticos nos oceanos, ao reaproveitá-los, esta empresa reduz também em 80% as suas emissões de CO2.