O fim de semana está a chegar, mas a chuva e o frio apelam ao quentinho de casa. Que tal aproveitar para ficar a par de algumas ideias sustentáveis? Deixamos cinco.

Uma árvore de Natal que vai querer ter
O Pinheiro Bombeiro é ecológico e solidário

E, se em vez de comprar uma árvore de Natal, a alugasse? Pois é, é isso mesmo que propõe a startup portuguesa Rnters com o Pinheiro Bombeiro. Na prática, pode alugar um pinheiro verdadeiro e recuperar o espírito mais tradicional do Natal, daqueles tempos em que não havia árvores sintéticas. Esta é uma opção duplamente ecológica: é que os pinheiros provêm da limpeza de um terreno na zona de Coruche e, quando a época natalícia chega ao fim, são recolhidos e transformados em biomassa. E é igualmente uma opção solidária: afinal, por cada pinheiro alugado, cinco euros revertem para a compra de material profissional para os bombeiros voluntários portugueses. Está explicado o nome… Saiba onde há pontos de recolha através do site da campanha. E depois divirta-se a decorá-lo, de preferência de forma sustentável.

Há máscaras e máscaras
Já conhece a campanha “Não Deixes Cair a Máscara”?

Começamos por lhe propor que pense neste número: 150 milhões. Sabe o que significa? É o número estimado de máscaras de proteção individual descartáveis que se usam mensalmente, em Portugal. A este número juntamos outro: 300 a 400, que é o número de anos que levam a degradar-se. E basta que 1% seja depositado incorretamente para que cerca de seis toneladas de plástico vão parar ao solo, aos cursos de água e ao mar. Os números são do Ministério do Ambiente e da Ação Climática, divulgados no contexto da Semana Europeia de Prevenção de Resíduos. E estão na origem da campanha “Não Deixes Cair a Máscara”. O objetivo é promover o uso de máscaras reutilizáveis, evitando, assim, a produção de resíduos. E, ao mesmo tempo, sensibilizar para a correta deposição das máscaras descartáveis no contentor do lixo indiferenciado. Recorde o que a RECICLA já partilhou sobre este tema. E vá até ao site desta iniciativa para saber como pode aderir a esta causa e passar a palavra de que “é seguro para nós e seguro para o ambiente” com hashtags como #NãoDeixesCairaMáscara.

Are we enough?
Vale a pena ouvir este podcast.

A iniciativa é da Fundação Friedrich Ebert Portugal que, com o podcast que dá o título a este artigo, pretende debater o futuro da luta contra a crise climática na Europa, dando voz a ativistas do movimento global de jovens pelo clima. Assim, já é possível ouvir a resposta à pergunta “Are we enough?” dada pelas estudantes Alice Gato, do coletivo Climáximo, e Bianca Castro, ativista da Greve Climática Estudantil. Numa altura em que a circulação está limitada e em que o mundo se confronta com o desafio da pandemia de Covid-19, também ela com consequências ambientais, este pode ser um bom programa para ocupar uma tarde deste fim de semana.

Uma estrada fora da caixa
Em Oroville, nos Estados Unidos, do plástico reciclado se fez pavimento.

E agora uma boa notícia que chega de fora. A ideia de usar plástico reciclado como pavimento está a ganhar forma. E não é no papel. É na prática. Não é um destino muito provável de férias, mas a cidade norte-americana de Oroville possui uma estrada totalmente reciclada. Na base está o plástico PET, que dá forma, por exemplo, às garrafas de água e de refrigerantes. O que acontece é que a camada superior do asfalto antigo – e que teria de ser substituído – é removida e moída, misturando-se depois com o plástico reciclado. A ideia está a ganhar adeptos e a cidade de Los Angeles, bem mais mediática, já anunciou que quer seguir pelo mesmo caminho.

Este edifício “come” dióxido de carbono
Chama-se Mandrágora e vai nascer em Nova Iorque

Quando o tema é sustentabilidade, as boas ideias não param. E vão para lá da nossa imaginação. Ora leia e pense na possibilidade de viver num edifício concebido como um verdadeiro ativista pela diminuição das emissões de dióxido de carbono. O projeto é de um grupo de arquitetos franceses que desenhou a Madragore, uma torre residencial que “come” aquele gás nocivo para o ambiente e para a saúde. Com cerca de 730 metros de altura, esta torre “verde” prevê a incorporação de vegetação nas paredes dos seus 160 andares, além de materiais naturais e de tecnologias que permitem a redução da utilização de dispositivos de arrefecimento ou aquecimento, com consequente poupança de energia. A torre será neutra do ponto de vista do carbono, pois vai recolher muito mais do que aquele que emitirá. Curioso? É esperar para ver este projeto que se inscreve na ambição nova-iorquina de ser uma cidade livre de carbono até 2050.