Novonovo: uma comunidade online para troca de material reutilizável

O lixo só é lixo quando já não pode ser útil a ninguém. Até lá, muita coisa pode ser reaproveitada e reciclada. A Novonovo surgiu para facilitar o trabalho tanto a quem quer desfazer-se de produtos que já não quer, como a quem pretende adquirir algo “novo”

A Novonovo é um site onde qualquer um pode trocar materiais e produtos que já não precisa e que outros podem querer reaproveitar. O propósito do projeto não é apenas a promoção da reutilização de “lixo”, mas, principalmente, “oferecer, a quem procura, a oportunidade de encontrar materiais ou anunciar aquilo que já não precisa”, diz o criador do projeto, o italiano Lorenzo Scodeller. “O propósito da Novonovo não se limita à troca de materiais e produtos, mas também ao intercâmbio e disseminação de novas ideias sobre sustentabilidade”, acrescenta.
Este é, assim, um lugar onde podem participar não só a comunidade local, como também organizações, criadores e profissionais de vários ramos.

Como funciona
Imagine que precisa de um “novo” produto para a sua casa: Pode ser um móvel, uma cadeira, uma porta. Em vez de comprar o artigo, pode simplesmente procurar o produto, em estado de usado, de forma gratuita ou a preço reduzido, na Novonovo. Se tiver falta de imaginação para renovar o artigo em questão, a plataforma dispõe de uma equipa de especialistas imaginativos, prontos a dar sugestões.

O projeto ficou concretizado em julho deste ano e Lorenzo Scodeller (que vive em Portugal há seis anos), contou com “a ajuda de colaboradores e a mentoria do Impact Hub Lisboa e da Circular Economy Portugal”. Apesar de já pronta, a plataforma ainda não está em funcionamento. “Acabámos de angariar um crowdfunding e graças às doações recebidas pretendemos ter a primeira versão da plataforma online em novembro”, explica o autor.

Esta ideia nasceu de uma experiência anterior de Lorenzo como design de produto. “Quando co-fundei uma start-up de autoprodução de produtos de upcycle, apercebi-me de como a maior parte das pessoas tinha vontade em reutilizar. Mas, como não existe um sistema que permita um fácil reaproveitamento dos materiais, não o fazem, ou fazem-no com dificuldade. Foi então que tive a ideia de tentar criar uma alternativa que facilitasse a reutilização”.