A iniciativa Pacto Português para os Plásticos continua a sensibilizar os consumidores para a importância da sua utilização de forma responsável, consciente e sustentável. A campanha “Vamos reinventar o plástico” apela agora para a sua reutilização e reciclagem.

O objetivo desta iniciativa é mudar a relação de cada um de nós com o plástico. Sabemos que a sua versatilidade e utilidade nos facilita o quotidiano. Mas não podemos esquecer os estudos que dão conta do impacto ambiental do consumo desta matéria-prima. A primeira conclusão é: estamos a produzir em excesso, logo a consumir em excesso. O que fazer, então, para contrariar esta tendência: reutilizar o que já temos e, quando já não for possível, reciclar.

De lado (ou melhor, de fora) devem ficar os plásticos de utilização única, devendo ser privilegiados os reutilizáveis e recicláveis.

O Pacto Português para os Plásticos tem como meta, até 2025, garantir que 70% ou mais das embalagens são efetivamente recicladas. A juntar a este objetivo, pretende que os plásticos que utilizamos sejam totalmente reutilizáveis, recicláveis ou compostáveis.

O primeiro passo é – já o dissemos – reduzir a produção e o consumo. E quanto a reutilizar o que já temos? Há marcas a abrir caminho neste campo.

Damos-lhe alguns exemplos:

A CIF criou uma nova recarga do seu spray de limpeza para cozinha e casa de banho: a fórmula é concentrada, o que faz com que esta recarga Ecorefill use menos 75% do plástico da embalagem tradicional: depois de usada, a recarga deve ser colocada para reciclar e a garrafa de spray original pode continuar a cumprir a sua função.

O Continente tem mais uma alternativa aos sacos de plástico para frutas e legumes: são feitos de poliéster e, como tal, reutilizáveis.

A OIKUM, marca da empresa portuguesa Ernesto São Simão que assenta num “novo conceito de plasticologia”, desenvolveu uma gama de copos reutilizáveis. São de plástico, mas duradouros e inquebráveis.

E no que toca a reciclar o que não podemos reutilizar? Também aqui se somam exemplos:

As embalagens PET de sabonete líquido Palmolive já são 100% feitas de material reciclado. Os últimos dados apontavam para a incorporação de 68 toneladas desse material.

A Fapil produziu uma gama de artigos de limpeza com 20% de plástico marítimo reciclado.

Bons exemplos não faltam. E como pode cada um de nós fazer a sua parte?

A melhor forma de contribuir é evitar a sua utilização de plásticos de uso único e optar por produtos semelhantes, mas reutilizáveis e, claro, recicláveis.

Por exemplo, se tiver um copo de plástico reutilizável, pode utilizá-lo tanto para beber água nos dispensadores como para pedir um café nele, evitando os descartáveis e as suas varas.

Outra sugestão passa por levar as suas próprias embalagens “tupperware” para recolher as refeições encomendadas.

Ao optar por utilizar sacos próprios, de pano ou reutilizáveis no momento de comprar fruta ou hortícolas, evita o consumo de plásticos ultraleves.

Está igualmente a ajudar o ambiente se escolher cotonetes reutilizáveis, de silicone, por exemplo, pois, com esta escolha, poupa o descarte de centenas de cotonetes num só ano.

O objetivo final é transformar a economia linear do plástico, que implica extração de matéria-prima, produção, utilização e descarte, numa economia circular, em que o produto é criado, utilizado e reciclado para voltar à primeira fase.

Esta mudança depende de todos. Faça parte desta iniciativa, reduza a utilização de plásticos descartáveis, reutilize o que for possível e recicle mais e melhor. Vamos a isso?