9, Novembro 2020
O que rima com mar? Preservar
Sabia que na próxima segunda-feira, 16 de novembro, é Dia Nacional do Mar? Pois é! Um bom pretexto para recordar que devemos cuidar bem deste recurso natural.
Sabia que na próxima segunda-feira, 16 de novembro, é Dia Nacional do Mar? Pois é! Um bom pretexto para recordar que devemos cuidar bem deste recurso natural.
Conhece a espécie Plasticus Maritimus? É uma espécie nova que habita os oceanos e que ameaça dominar as águas do planeta. Bom, na verdade, não é uma espécie como as outras. Porque foi criada por mão humana. Afinal, é plástico. E foi da abundância de plástico nos areais que nasceu o projeto de Ana Pêgo, de que já aqui falámos.
E porque estamos a voltar ao assunto? Porque pode ser vista no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, até 5 de dezembro, no âmbito da exposição “No Fundo Portugal é Mar”. O pretexto para esta sugestão é o Dia Nacional do Mar, que se assinala no próximo dia 16.
Nesta exposição mostra-se que só conhecemos entre 5 a 10% do oceano. Falamos do fundo do mar, mas, mais à superfície, o que sabemos é que a tal espécie abunda cada vez mais.
Só no Mar Mediterrâneo, são deitadas cerca de 230 mil toneladas de plástico por ano. O número – alerta a União Internacional para a Conservação da Natureza – pode duplicar até 2040. As contas foram feitas com base nos fluxos de plástico de 33 países. No total, é o equivalente a mais de 500 contentores de navios.
E o resultado? Uma vez na água, o plástico vai-se degradando até assumir a forma de partículas com menos de cinco milímetros – os microplásticos – que se depositam nos sedimentos do fundo do mar. E pelo caminho é ingerido pelos animais marinhos, podendo causar-lhes a morte e afetar toda a cadeia alimentar, na medida em que se os peixes forem pescados e consumidos podem ser nocivos para a saúde humana.
Este lado negativo é alimentado pelos resíduos que são deixados nas praias e que acabam por ir parar ao mar, se não forem recolhidos a tempo. A poluição causada pelos navios também tem responsabilidade.
Mas será que ainda é possível reverter este cenário? Cada um de nós pode, à sua medida, ter impacto positivo.
Ora veja:
- No que toca ao plástico, pode reduzir o consumo, optar por soluções reutilizáveis e reciclar tudo o que é reciclável – leia-se embalagens, que deve colocar no ecoponto amarelo.
- Sempre que comprar peixe, procure as espécies mais sustentáveis. Informe-se sobre a proveniência e prefira espécies menos exploradas: é o caso do carapau, da cavala, da faneca, do safio e do polvo, que existem em mais abundância. Já outros peixes, de que existem menores reservas, devem ser consumidos com moderação: atum, raia, sardinha, linguado, cação.
- Não adquira bens que possam ser resultado da destruição da vida marinha, como joias com coral ou acessórios com carapaça de tartaruga.
- Se tem um barco de recreio, faça uma navegação sustentável: não atire lixo para o mar e tenha atenção às espécies com que se cruza.
- Cuide das praias: se faz mergulho ou surf ou apenas aprecia relaxar à beira-mar, deixe tudo como estava ou melhor; não deixe ficar lixo e recolha o que estiver à sua volta.
Com esta mão cheia de cuidados, estará a fazer a sua parte para um mar mais sustentável!