O que andam as empresas de combustíveis a fazer pelo ambiente? O futuro será, muito provavelmente, dos veículos elétricos e, um pouco por todo o mundo, as marcas ligadas à indústria automóvel estão também preocupadas em fornecer energia elétrica e “mais verde”.

Um marco importante na história deste setor foi a recente erradicação da utilização de gasolina com chumbo, um passo, segundo a ONU, “gigantesco para a saúde global e para o ambiente”. Os próximos passos passam pela implementação de combustíveis provenientes de energias renováveis e já há algumas empresas a acelerar nesta matéria.

Repsol

A Repsol delineou um compromisso com a mobilidade elétrica e, por isso, tem em marcha um plano de implementação de 610 postos de abastecimento de veículos elétricos nas estações de serviço de Portugal e Espanha. Mais do que promover a mobilidade elétrica, a marca pretende que a energia utilizada nos carregamentos seja proveniente de fontes 100% renováveis.

Esta multienergética internacional já tinha anunciado, em 2019, que pretendia chegar à emissão de zero CO2 em 2050. Para isso, apostou também no hidrogénio renovável, que pode ser transformado em combustível.

combustíveis mais verdes

Cepsa

Esta empresa de energia e química associou-se a outras empresas do setor, a Redexis e a Endesa, para começar a desenvolver uma rede de postos de abastecimento de energia proveniente de painéis fotovoltaicos. A implementação de 40 mil painéis de alta tecnologia, em Portugal e Espanha, vai permitir evitar o envio de 11.500 toneladas de CO2 para a atmosfera.

Os painéis servirão para abastecer os postos da Cepsa durante o dia, e o excedente será canalizado para a rede de distribuição, otimizando assim a eficiência energética global das instalações e permitindo o consumo de eletricidade 100% renovável nos postos da marca. Com esta medida em pleno funcionamento, a empresa acredita ser possível evitar a emissão de 3.375 toneladas de CO2 para a atmosfera por ano.

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Galp

O Dow Jones Sustainability Index elegeu recentemente a Galp como a empresa mais sustentável do mundo no setor de Oil & Gas Upstream & Integrated, um índice de referência no que toca a práticas ambientais e sociais. O reconhecimento deveu-se ao compromisso que a empresa portuguesa assumiu para descarbonizar progressivamente as suas operações e alcançar a neutralidade carbónica até 2050.

Mas há mais: a Galp comprometeu-se a incorporar eletricidade proveniente de fontes renováveis para consumo nas suas operações em Portugal.

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Gasolina azul

Numa ótica de melhorar a pegada carbónica deixada pela utilização de combustíveis fósseis, a Shell, a Bosch e a Volkswagen juntaram-se para desenvolver uma gasolina de menor impacto ambiental, isto é, que permite emitir menos emissões de carbono.

Chama-se gasolina azul e apresenta pelo menos 33% de energias renováveis, o que garante uma redução de emissões de carbono de pelo menos 20%, em toda a cadeia, desde que é criado o combustível até que é utilizado pelo veículo.

Não sendo a alternativa mais sustentável do mercado, as marcas consideram que todos os passos e ações são relevantes para emitir menos gases de efeito estufa, pelo menos durante a transição para veículos 100% elétricos.

O que podem os cidadãos fazer para que os seus carros a combustão tenham um menor impacto ambiental?

Num estudo realizado pela DECO, no âmbito de uma parceria europeia, alguns dos fatores a ter em conta para ajudar a diminuir os níveis de poluição são:

  • Não utilizar o carro para distâncias inferiores a 2km;
  • Verificar a pressão dos pneus;
  • Utilizar percursos alternativos para evitar trânsito e engarrafamentos;
  • Evitar travagens bruscas;
  • Não ultrapassar o limite de velocidade na autoestrada;
  • Não acelerar bruscamente numa mudança baixa.

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