27, Fevereiro 2019
Os números da compostagem
Em seis meses, já são 900 famílias
a fazer compostagem doméstica em Lisboa
Em seis meses, já são 900 famílias a fazer compostagem doméstica em Lisboa
A capital portuguesa está a mudar e a olhar cada vez mais para a potencialidade de se transformar uma cidade sem lixo. Além das recentes medidas que prometem acabar com os copos de plástico nas ruas e o reforço na recolha de resíduos urbano, começou, em 2018, a dar ferramentas para que esse trabalho de olhar para a cidade de uma forma mais sustentável comece na casa de cada um.
É o caso da compostagem — neste caso doméstica — um processo biológico através do qual os microrganismos transformam a matéria orgânica (folhas, papel, restos de fruta e hortaliças) numa substância semelhante a que se dá o nome de composto que, por ser rico em nutrientes, melhora o crescimento das plantas, relvados e jardins
“Lisboa a Compostar” é um projeto que começou em junho do ano passado e visa a oferta de um compostor doméstico, formação em compostagem e o apoio continuado da câmara municipal aos munícipes que, através de inscrição, manifestem o interesse em reduzir os seus resíduos domésticos, produzindo fertilizante que virá a ser utilizado no seu logradouro, quintal ou jardim.
Recorde-se que fazer compostagem doméstica evita o encaminhamento para incineração de resíduos valorizáveis. Para termos uma ideia, só em 2017 foram recolhidas diariamente, em Lisboa, mais de 600 toneladas de lixo comum, das quais 40% de biodegradáveis. Este lixo foi depois encaminhado para incineração e a compostagem doméstica é uma forma de inverter essa realidade.
Os dados mais atualizados sobre a compostagem na capital dão conta de que são já 900 aqueles que têm um compostor em casa ao abrigo desta iniciativa e a meta é que, em 2020, estejam quatro mil famílias envolvidas no projeto.
Segundo dados do departamento de Higiene Urbana da autarquia, a média de idades dos munícipes que aderiram ao projeto situa-se, na sua maioria, no escalão entre os 31 e os 40 anos (28%) e os 41 e os 50 anos (27%).