4, Março 2020
Preocupação do dia: sustentabilidade
Os
portugueses preocupam-se com a sustentabilidade e mudam comportamentos? Há um
estudo que diz que sim.
Os portugueses preocupam-se com a sustentabilidade e mudam comportamentos? Há um estudo que diz que sim.
Noventa por cento dos europeus preocupa-se com a sustentabilidade. Uma preocupação assumida por 85% dos portugueses, inquiridos no âmbito do estudo “Consumo Sustentável”, do Oney Bank, e que, além de Portugal, analisou outros três países: Espanha, França e Hungria.
O desperdício alimentar é o indicador ao nível do consumo que mais preocupa os portugueses (66%), mas há outras questões no horizonte: assim, o fabrico de artigos prejudicial para o ambiente é mencionado por 49% dos inquiridos nacionais, seguindo-se a produção que explora a mão de obra (38%).
Em resposta, o estudo sugere que as marcas devem encontrar soluções mais amigas do ambiente e que os preços dos produtos devem ser mais acessíveis, uma vez que, em Portugal, 82% dos consumidores ainda olha para o preço antes de adquirir um artigo, seguindo-se o impacto que este tem na saúde de quem o consome (65%).
Os consumidores estão também preocupados com a sua pegada ecológica. Desde 2016, mais de metade dos portugueses (55%) afirma separar o lixo que produz, 51% diz comprar produtos recicláveis e 43% escolhe produtos reciclados. Os artigos importados têm vindo a perder força nos últimos anos, uma vez que 52% dos inquiridos afirma preferir comprar produtos locais e biológicos. Os dados mostram que 92% dos portugueses acredita que, diariamente, já é proativo e que toma decisões de consumo sustentável.
Analisando os valores do relatório, conclui-se que o consumo desenfreado é uma realidade que tem vindo a diminuir e que os métodos de compra alternativos acabam por ser uma opção. A prova disso é que, em Portugal, 84% dos consumidores refere que já comprou artigos em segunda mão.
Assim sendo, a reputação da marca, a performance do produto e a durabilidade são fatores que têm perdido relevância no ato de escolha. Pelo contrário, cresce a percentagem daqueles que esperam que as marcas estejam empenhadas em encontrar ferramentas para um consumo sustentável: 96% em Portugal. Porém, há algum ceticismo: mais de metade dos inquiridos não acredita nas promessas das empresas, relativamente ao desenvolvimento sustentável.