Champôs, lâminas de depilação, toalhitas, pastas e escovas de dentes, produtos de limpeza da roupa ou da casa, a Procter and Gamble (P&G) é uma marca com um vasto portefólio de produtos. Entre as suas diferentes áreas de atuação há uma característica comum a todas elas: o respeito pela natureza e pelo planeta. A diretora de marketing da Procter & Gamble Portugal, Sónia Valentim revela como a P&G tem caminhado para se afirmar como uma marca que marca.

Sendo uma empresa com quase dois séculos de existência e com o propósito de melhorar a experiência do consumidor, a P&G entende que o melhor para o consumidor é também o melhor para o planeta e por isso delineou algumas estratégias chave para melhorar o seu desempenho ambiental.

P&G com Ambição 2030

“Foi durante a Semana da Terra, em 2018, que lançámos metas de sustentabilidade ambiental a que chamamos Ambição 2030. Estas metas têm um objetivo comum: viabilizar e inspirar o impacto positivo no ambiente e na sociedade”, descreve a diretora de marketing.

Foram criados quatro pilares de ação que se traduzem em áreas de atenção para a proteção ambiental:

  • Clima;
  • Água;
  • Natureza;
  • Desperdício.

“Desde a escolha dos fornecedores e de matérias-primas, ao fabrico, distribuição, uso e eliminação por parte do consumidor, cada passo é multifacetado e deixará uma marca no mundo”, refere Sónia Valentim.

Para isso a P&G estabeleceu diversas metas:

  • Tornar as suas marcas inspiradoras de um consumo sustentável.

Neste âmbito, são exemplo a Ariel e a Herbal Essences. A primeira visa consumir menos 50% de recursos como água e energia e reduzir 30% das embalagens plásticas até 2025. Já a marca de champôs está comprometida em apoiar a biodiversidade sendo a primeira marca global de cuidados capilares a ter os seus produtos botânicos e a fazer parte da Royal Botanic Gardens, Kew , uma autoridade líder mundial em plantas.

  • Tornar todas as embalagens recicláveis ou reutilizáveis.

Para atingir esta meta, a P&G combina questões como escolha de materiais e design de embalagens. A juntar a isso, trabalha com parceiros para criar soluções que permitam produzir embalagens com menor impacto.

  • Reduzir a pegada carbónica da atividade.

A P&G ambiciona ter energia elétrica proveniente de fontes renováveis e reduzir as emissões com efeito de estufa nas suas instalações, assim como pretende aumentar a eficiência hídrica em 35% e abastecer pelo menos cinco mil milhões de litros de água junto de fontes circulares.

  • Proteger e fortalecer a florestas.

Na área dos produtos de papel higiénico e de cozinha, a insígnia procura garantir que o abastecimento desta matéria-prima para os seus produtos é feito de forma responsável, recorrendo a florestas certificadas.

  • Proteger a água para as pessoas e para a natureza

Para este objetivo, a P&G está a desenvolver medidas que respondam aos desafios hídricos. Por exemplo, uma das metas pretendidas passa por tornar a utilização em ciclos com baixo consumo energético de pelo menos 70% das cargas das máquinas de lavar roupa. Outro objetivo delineado dentro desta meta prende-se com a redução do plástico nos oceanos. Para isso estão a ser desenvolvidas algumas soluções holísticas e a insígnia está a trabalhar em estreita relação com a Trash Free Seas Alliance no Sudeste Asiático. A garrafa de Fary Ocean Plastic é uma amostra de resultado e a prova de que é possível produzir embalagens recicláveis com material reciclado e, neste caso, 10% é proveniente de plástico recolhido do oceano

Objetivos previstos, resultados à vista

Já há bons resultados no que ao desempenho destes objetivos diz respeito.

“Estamos a caminhar para o cumprimento destes compromissos, com resultados em todas as áreas. Por exemplo, as fábricas de produção de Jijona e Mequinenza (Espanha), que servem Portugal e Espanha, passaram a utilizar energia verde certificada com Garantia de Origem, o que lhes permitiu reduzir as emissões de CO2 em 99% ao longo dos últimos dez anos. No que respeita à água, a nível global, a P&G reciclou e reutilizou 3,1 mil milhões de litros de água em 2021”, afirma Sónia Valentim.

A diretora de marketing acrescenta mais resultados à lista: “Atualmente podemos afirmar que nenhuma das nossas fábricas envia resíduos para aterros. Temos 0% de resíduos em 100% das nossas fábricas”.

O packaging está também na linha objetivos alcançados. Com o lançamento de embalagens de champô recarregáveis foi possível reduzir em 60% o plástico destes materiais. A estas metas junta-se a redução da utilização de 50% de plástico virgem em embalagens de champôs e condicionadores.

Outro exemplo apontado por Sónia Valentim prende-se com as embalagens das lâminas Gillette e Gillette Venus. “Apresentámos também a maior inovação dos últimos dez anos. com as novas embalagens em cartão reciclável em todas as máquinas reutilizáveis. Só em Portugal e Espanha calcula-se que esta inovação resulte numa poupança de 50 toneladas de plástico”.

A P&G tem vindo a conjugar esforços para aplicar a política dos 3R – reduzir, reutilizar e reciclar. Neste momento, ambiciona produzir menos 300 milhões de embalagens com plástico virgem por ano.

Para atingir resultados como estes, a insígnia conta com empresas parceiras, como a Sociedade Ponto Verde. “Esta é uma jornada dinâmica, que está em constante evolução. Ao longo dos últimos anos, a Sociedade Ponto Verde tem-nos ajudado num importante trabalho de sensibilização e mobilização interna e externa para reduzir, reutilizar e reciclar.”

A P&G aposta em ingredientes e em embalagens responsáveis com vista à segurança do consumidor e do ambiente. Além disso, está empenhada em reduzir a sua pegada, proteger as florestas e em melhorar os meios de subsistência dos pequenos produtores com quem estabelece parcerias.

Outros focos importantes para a empresa são a formação de colaboradores e a sua integração nos planos de sustentabilidade, estando também empenhada em travar a chegada de embalagens aos oceanos, protegendo os mares, mas também as restantes fontes de recursos hídricos ao apostar em soluções de reutilização e reciclagem. 

“Estamos totalmente focados na nossa Ambição 2030 e continuaremos a trabalhar para cumprir as metas propostas. Continuaremos a investigar e a inovar com os nossos parceiros para encontrar as melhores formas de as alcançar”, conclui Sónia Valentim.