19, Janeiro 2022
Afonso Vilela revela-nos como a sustentabilidade entra na sua vida
Afonso Vilela é ator, modelo, adora cozinhar e fazer desporto. No meio de todas estas atividades, não se esquece do ambiente e ainda de lembrar quem o rodeia de que é preciso cuidar do planeta. Trata a reciclagem por tu, deixa-se inspirar por quem tem projetos sustentáveis e procura, sempre que possível, inspirar os outros.
Afonso Vilela é ator, modelo, adora cozinhar e fazer desporto. No meio de todas estas atividades, não se esquece do ambiente e ainda de lembrar quem o rodeia de que é preciso cuidar do planeta. Trata a reciclagem por tu, deixa-se inspirar por quem tem projetos sustentáveis e procura, sempre que possível, inspirar os outros.
Quais são as ações do seu dia a dia que considera as mais sustentáveis?
É difícil dizer quais as ações mais sustentáveis, pois, na verdade, é todo um estilo de vida. Assim, acho que é mais fácil nomear as menos sustentáveis, que são o número de horas que passo ao computador e no fogão.
Quando é que despertou para as preocupações ambientais e o que procurou mudar na sua vida para a tornar um pouco mais sustentável?
As questões ambientais fazem parte da minha vida desde sempre. Não me lembro de nenhum “despertar”; no entanto, cada vez tenho (temos) mais informação e uma melhor consciencialização do problema. Sempre fui e sou muito ligado à natureza, através de inúmeras atividades, como surf, montanha. Desde muito cedo que me indigna a falta de civismo, o lixo nas praias, nos rios… e sempre senti de muito perto a poluição e o degradar do ambiente.
Entre ser ator, modelo e apresentador, onde é que é mais difícil ter cuidados com o ambiente? Porquê?
Em nenhum. Não é difícil ter cuidados. São hábitos que se criam e se educam. Difícil é ter de assistir a certas situações de completa falta de civismo: as embalagens recicláveis dentro dos contentores indiferenciados com, por vezes, os pontos de reciclagem a escassos metros; o estado em que ficam as praias e a serra depois da matilha do turismo de verão; os super informados das redes sociais que preferem acreditar que não existe reciclagem e que vai tudo para o mesmo lugar e por aí fora. Isso, sim, é difícil.
E onde é que é mais fácil?
Talvez em casa. Lá, quem faz as regras sou eu.
É sabido que gosta de cozinhar. Quais são os principais cuidados ambientais que tem na cozinha?
O aproveitamento de quase tudo, desde os “restos” e “aparas”, para caldos e purés, até ao compostor orgânico, que depois aproveito para as plantas. Desperdício mínimo e aproveitar tudo para todos os fins possíveis. Não é nada de novo ou de modernices, já se faz desde os tempos antigos, apenas caiu em desuso com as migrações para os centros urbanos e a melhoria das condições de vida. (Nota: vivo num centro urbano e faço na mesma, sem qualquer dificuldade.)
Tendo em conta que a sua imagem é fundamental para o seu trabalho, que preocupações tem na hora de escolher os produtos de cuidado pessoal? E o que faz às embalagens depois de vazias?
Tenho cuidados muito básicos, que passam mais pela atividade física e uma boa alimentação. Com o passar dos anos, tenho recorrido a alguns produtos de cuidado pessoal, mas dou sempre preferência a marcas sustentáveis e com boas políticas ambientais. Cada vez mais condeno o consumismo. (Apenas me perco com livros, confesso.) Com o passar dos anos, estou mais espartano e tento cingir-me apenas ao que verdadeiramente necessito. As embalagens, as pilhas, a eletrónica, as rolhas… tudo no seu devido lugar, às vezes, ficam a acumular um tempo em casa, e outras tenho de fazer uns quilómetros, mas, invariavelmente, vai tudo para os pontos de reciclagem específicos.
Já inspirou alguém a ser mais sustentável?
É algo que faço sistematicamente. Sou um chato, obcecado com a família, os amigos e as pessoas com quem trabalho. Por vezes, até com desconhecidos, que nunca acham muita graça. Um dia destes ainda me batem… (risos).
Já se sentiu inspirado por alguém a mudar ou a melhorar em prol do ambiente?
Sou constantemente inspirado por todos aqueles que desenvolvem projetos de sustentabilidade ambiental, sejam eles caseiros ou à escala global, mas que sejam, acima de tudo, pragmáticos. Os fundamentalistas-irrealistas, que conseguem ser ainda mais chatos e obcecados do que eu, não fazem parte destas pessoas.
Créditos de imagem: Sara Correia