Anabela Moreira: “A minha mãe sempre me incentivou a fazer separação de resíduos”

A atriz e realizadora Anabela Moreira tem um vastíssimo currículo profissional que passa pela televisão, teatro e cinema. Entre os seus últimos filmes encontram-se “Nem Sempre Nunca é Tarde de Mais”, de António Aleixo, e “Flores para Gozilla”, de Carlos Conceição. Habituada a reciclar desde pequena, os seus rituais ecológicos estão já enraizados nas suas rotinas diárias

1. Que cuidados em geral tem para manter uma rotina mais sustentável na sua vida e como os concilia com seu dia a dia?
Tenho alguns rituais que já fazem parte de rotinas quase inconscientes. Tomo duches rápidos e de preferência com produtos que não são prejudiciais ao ambiente. Evito plásticos e mesmo sacos de papel. Sempre que posso recuso-os nas lojas. Tenho uma mala gigante que gosto de usar porque cabe quase tudo lá. Coloco o meu lixo orgânico na terra num local próprio. As borras do café são fertilizantes maravilhosos e coloco-as no jardim. Evito desperdícios alimentares e gosto de aproveitar ao máximo todos os alimentos que adquiro. Criei alguns hábitos desde cedo como apanhar lixo nas praias ou nos meus passeios com os cães. Não mato animais e evito matar plantas. Tenho mais de 80 ciprestes plantados por mim e orgulho-me deles.

2. Faz separação de resíduos e reciclagem? Se sim, de que forma?
Sim, desde muito nova. A minha mãe sempre nos incentivou a fazer a separação dos resíduos e a perder tempo a preparar alguns deles como por exemplo lavar e achatar certas embalagens. Sempre que posso opto por alguns alimentos que vêm em frascos de vidro para poder reutilizar e manter a cozinha organizada.

3. Sente que as suas práticas ecológicas influenciam as pessoas à sua volta? Como?
Não sei se influenciam ou não. Não penso muito nisso porque quase todos os que me rodeiam têm o mesmo cuidado que eu. Lembro-me de a minha mãe ficar preocupada com as figuras que eu fazia ao sair da praia, em que o meu hobby era apanhar todas as beatas que via. Era uma obsessão ou uma meta não deixar escapar nenhuma. Hoje verifico que não sou a única que o faz.

5. Três boas práticas ambientais das quais nunca abdica.

• Não gosto de comprar garrafas de água em plástico. Evito e só o faço em casos muito pontuais. 
• Não uso as palhinhas de plástico pois não têm função absolutamente nenhuma a não ser poluir.
• Verifico as etiquetas das roupas e recuso alguns materiais. 

6. O que a motivou a adotar essas práticas?
A minha educação e alguns exemplos menos felizes que observo à minha volta.