21, Novembro 2019
Jorge Gabriel: “Sou alérgico ao desperdício”
Faz reciclagem?
Faço reciclagem há muitos anos, tendo preocupação com alguns, óbvios, objetos que necessitam de tratamento diferenciado. Vidro, eletrodomésticos, pilhas.
Faz reciclagem?
Faço reciclagem há muitos anos, tendo preocupação com alguns, óbvios, objetos que necessitam de tratamento diferenciado. Vidro, eletrodomésticos, pilhas.
Como surgiu a sua especial preocupação com o ambiente?
Quem olha em volta e não gosta de lixo no chão, poluição atmosférica, descargas poluentes nos rios, objetos lançados para o chão como se a rua não fizesse parte da nossa casa comum tem de estar, naturalmente, preocupado. Imagine-se esta mudança radical de comportamentos que creio está a montante da separação dos lixos.
Que cuidados em geral tem para manter uma rotina sustentável na sua vida?
A minha alimentação tento que seja fundamentada em recursos de época adequada, desde fruta a legumes, evitando há muito comida processada e cozinhada com óleos pouco saudáveis. Tenho um carro a gás, muito menos poluente, porque ainda considero um exagero o preço praticado pelos carros elétricos. Assim que se tornarem justos, aderirei a este método de transporte. Sempre que as condições climatéricas se proporcionam viajo numa bicicleta elétrica.
É difícil conciliar as rotinas diárias, principalmente no trabalho, com as preocupações de sustentabilidade?
Tudo o que implica mudanças na vida tem um índice de adaptação gradual. Com equilíbrio e ponderação, sem radicalismos, tudo se consegue.
De que forma tenta transmitir estas boas práticas aos seus filhos? Acha importante fazê-lo?
Eles vivem essa preocupação constantemente. Infelizmente, a atualidade empurrou-os para esta triste realidade, e são eles que agora nos despertam para detalhes onde podemos estar distraídos. Todo o cuidado é pouco porque a casa da humanidade está doente e eles têm consciência disso.
Sendo um apresentador de televisão, sente que, ao defender e praticar estas boas práticas, influencia, de algum modo, as pessoas que acompanham o seu trabalho?
A minha batalha mais recente prende-se com o desperdício alimentar, com a dieta desregulada dos portugueses, e com o desperdício de água. Repito-me, não se trata de proibir, porque as limitações à liberdade provocam-me sempre repúdio; o que é necessário é educar, alertar desde tenra idade para as alterações que se impõem. Politicamente, há muito a fazer, incentivando o consumo consciente, encontrando benefícios fiscais para que se possa assistir a uma mudança imperiosa. Qualquer figura pública deve, por princípio, tentar ser exemplar nos seus comportamentos. Eu não sou exceção.
Três boas práticas ambientais das quais nunca abdica.
Sempre que a minha vida profissional e pessoal me permite utilizo transportes públicos e ando a pé. Tento consumir alimentos da época correspondente, e sou alérgico ao desperdício alimentar e de água. Lixo no chão… NUNCA.