À procura do local ideal para um jantar de Natal entre amigos ou colegas de trabalho? Se sente que está a caçar Gambuzinos na escolha do sítio perfeito, não procure mais: o animal imaginário apareceu em formato de restaurante. Fica em Lisboa e é a não perder.

Este restaurante ganhou vida em 2019, literalmente pelas mãos de Monica Graulund e Vasco Snelling que reconstruíram e remodelaram o número 5 da Rua dos Anjos, no Intendente, em Lisboa.

Monica é australiana, Vasco é natural de Lagos e ambos partilhavam o desejo de encontrar um local agradável para estar com amigos e onde pudessem comer pratos vegetarianos diferentes do convencional.

O Gambuzino abre portas inicialmente com pratos vegetarianos e apenas o casal a trabalhar, o Vasco na cozinha, a Monica na sala. Quando ambos passaram de uma dieta flexitariana para uma totalmente vegana, o restaurante mudou também.

“Em 2020, ainda antes da pandemia, o restaurante passou a ser 100% vegano e passamos a servir refeições apenas ao jantar”, começa por dizer Monica.

“Quando o tornamos vegan, havia pratos que tinham leite e queijo que a maioria dos clientes não queria que retirássemos do menu, mas tivemos força suficiente para dizer não e garantir aos clientes que iriamos apresentar receitas igualmente boas. E acho que desde que passámos a ser totalmente vegan que nos tornámos mais bem-sucedidos”, acrescenta.

O Gambuzino encontrou a sustentabilidade

Além de apresentar produtos plant-based, o que ajuda a reduzir a pegada carbónica, n’O Gambuzino há ainda muitos pormenores que permitem um negócio mais amigo do planeta.

Os produtos que chegam a este restaurante são, regra geral, provenientes de fornecedores locais e de iniciativas próximas de que são exemplo a empresa fruta feia e a NAM que a RECICLA já aqui deu a conhecer.

Os restantes produtos são procurados para compra, primeiro em Portugal, depois em Espanha e só se não estiverem disponíveis para venda na Península Ibérica é que são procurados fora.

“Assim estamos não só a ajudar a economia local, como a reduzir o nosso impacto no planeta”, comenta Monica.

N’O Gambuzino há ainda um cuidado permanente com as sobras: “criamos os pratos de forma a evitar o desperdício alimentar, por isso, praticamente não o temos. O que sobra das refeições nós consumimos. Quando vemos que há algo que vai sobrar ou ser desperdiçado, procuramos criar um prato para o aproveitar”, refere a dona do restaurante.

A reciclagem das embalagens também é importante, bem como a dos óleos das frituras que é entregue a uma empresa que o aproveita para outro fim igualmente mais amigo do ambiente.

A reutilização também se encontra por todo o restaurante. Entre a mobília comprada em segunda mão e os candeeiros criados com garrafas reutilizadas de uma conhecida bebida portuguesa – Amêndoa Amarga, há muitos pormenores para descobrir. Por exemplo, todas as chávenas de café foram adquiridas na feira da Ladra.

Os pratos são sempre inovações que primam pelos produtos mais locais e sobretudo pela sazonalidade. N’O Gambuzino é possível jantar iguarias tão diversas quanto patê de beterraba e noz, tacos de alface, com cogumelos, avelã, alface e beterraba; falafels de fava, papas de milho com filete de raiz de aipo; tofu marinado em chá preto e panado em panko, entre vários outros pratos.

Para sobremesa pode ainda escolher-se um “cheese”cake feito com queijo de amêndoa com folha de lima e caramelo salgado; um brownie de chocolate com creme de laranja ou uma panna cotta de côco e água de rosa.

Vasco passou a infância à procura de Gambuzinos e ensinou Monica a fazer o mesmo. “Depois de tantos anos encontrei o esconderijo, é aqui, está cheio deles”, esta é a frase que se pode ler na capa da ementa do restaurante e que sugere aos clientes procurarem o “seu” num prato único e totalmente vegetal.

Rua dos Anjos 5A, Intendente, Lisboa 

T. 218 208 406