As bandejas de sementeiras, muito utilizadas na agricultura para a germinação de sementes, são por norma produzidas em plástico. No entanto, a Bio Reboot encontrou uma outra forma de criar estes pequenos vasos e outros produtos semelhantes, utilizando como matéria prima resíduos agrícolas.

Sediada no Arquipélago da Madeira, a BioReboot é uma start-up de Investigação e Desenvolvimento de Novos Produtos que têm por base a economia circular. Muito graças à curiosidade e à vontade de aproveitar os recursos como algo valioso, Thiago Gomes, que hoje lidera a empresa, começou a procurar nova vida para os resíduos agrícolas.

“Comecei a notar que as produções agrícolas têm imenso desperdício. Restos de produção, aparas, podas que são deixadas em terreno”, afirma o CEO da Bio Reboot.

Esta start-up procura, assim, transformar resíduos agrícolas num biocompósito que pode ser moldado em produtos de valor acrescentado. É disso exemplo a BioGrowth Pods, uma pequena sementeira biodegradável.

 “Reaproveitamos resíduos agrícolas e transformamos. Criamos uma espécie de massa com vários tipos de resíduos agrícolas e moldamos através de uma técnica de aplicar calor e pressão para criar produtos com determinadas formas”, explica Thiago Gomes.

O Bio Reboot recorre, assim, a resíduos agrícolas de cinco tipos de fibras naturais específicas da Região Autónoma da Madeira.  É desta forma que a start-up procura criar uma alternativa no mercado aos tabuleiros e sacos convencionais utilizados no setor agrícola.

“Acreditamos num modelo de negócio de economia circular e trabalhamos para impactar e envolver a nossa comunidade”, conclui Thiago Gomes.

​A Bio Reboot está em fase de testes e desenvolvimento, mas tem como objetivo chegar ao mercado já em 2025.

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