É um termo que nos é cada vez mais familiar: pegada de carbono. Pelo nome, deduz-se que é uma marca que deixamos, mas o que significa verdadeiramente? Qual o impacto no ambiente e a importância de o reduzir? Leia as respostas a seguir.

Pegada de carbono, o que é?

A pegada de carbono constitui o volume total de gases com efeito de estufa (GEE) gerado pelas atividades económicas da sociedade e pelas atividades quotidianas de cada pessoa.

É expressa em toneladas de dióxido de carbono (CO2) emitidas para a atmosfera. O CO2 é o principal gás com efeito de estufa. Mas, há mais, como o metano e o óxido nitoso.

O que são os gases com efeito de estufa?

Mas, o que são, afinal? São substâncias gasosas que existem naturalmente na atmosfera e que têm a capacidade de absorver a radiação infravermelha emitida pelo sol e refletida pela terra, evitando, assim, a perda de calor. Na prática, mantêm a terra aquecida – é o efeito de estufa.

E este efeito é positivo. No entanto, a atividade humana, nomeadamente a queima dos chamados combustíveis fósseis, está a contribuir para o aumento da produção dos GEE, verificando-se uma maior presença na atmosfera. Isto significa que a terra está a aquecer demasiado, o que desencadeia o que conhecemos como alterações climáticas. Fenómenos como o degelo e a desertificação são a consequência visível deste impacto negativo.

Um peso crescente na pegada ecológica

A pegada de carbono faz parte de uma pegada maior – a ecológica ou ambiental. Trata-se de uma forma de medir a área de terra biologicamente produtiva e a quantidade de recursos necessários para suportar o estilo de vida dos seres humanos.

Tudo conta, nomeadamente a quantidade de comida, de bens e de serviços consumidos, bem como os recursos naturais usados e o dióxido de carbono libertado devido à produção e fornecimento desses bens e serviços.

E é aqui que entrada a pegada de carbono: é que o volume de CO2 emitido corresponde, atualmente, a mais de 50% da pegada ecológica.

O que contribui para a pegada de carbono individual?

Todas as atividades produtivas e económicas contribuem para a pegada de carbono de uma região ou de um país. Mas, cada pessoa deixa igualmente a sua pegada, porque os comportamentos individuais também são responsáveis pela emissão de GEE.

Assim acontece de cada vez que se usa o carro, se colocam em funcionamento equipamentos elétricos e eletrónicos, quando se fazem compras ou mesmo quando se confecionam refeições. No fundo, isto significa que as nossas rotinas diárias são consumidoras de recursos, logo emissores de gases com efeito de estufa.

E, dependendo do maior ou menor consumo de recursos, maior ou menor será a pegada de carbono de cada um.

O desafio de reduzir a pegada de carbono

De acordo com a Global Footprint Network, a pegada de carbono tem vindo a crescer constantemente, tendo-se multiplicado por 11 desde 1961. Atualmente, estima-se que responda por 60% do impacto total do Ser Humano no ambiente.

A organização não governamental The Nature Conservatory calcula que cada pessoa gere, em média, quase quatro toneladas anuais de dióxido de carbono e defende que é fundamental reduzir para menos de duas toneladas até 2050.

Perante estes dados, a conclusão é só uma: há que reduzir a pegada de carbono. O que está nas mãos de cada um.

Agora que já está na posse de informação sobre o que é e o que implica a pegada de carbono, o passo seguinte é adotar medidas para a reduzir.

Como?

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