Já ouviu certamente falar de fast fashion. Mas, e de slow fashion? Talvez sim, porque é uma tendência crescente. E, por isso mesmo, a RECICLA propõe-se esmiuçar este conceito que promete mudar comportamentos no consumo de moda.

O que é slow fashion?

O slow fashion é uma alternativa mais sustentável no mundo da moda. Surge em oposição à expressão fast fashion – moda rápida, que define as peças de roupa produzidas de forma industrial, em larga escala, com vista à exportação massiva, ao momento e à tendência, sem olhar a impactos sociais ou ambientais.

Pode traduzir-se como “moda lenta”. O conceito procura a produção de peças de roupa tendo em conta preocupações sociais, relacionadas com as condições de trabalho, e ambientais, tendo em conta os impactos no que toca à poluição do ambiente. Assim, este movimento propõe que haja um maior cuidado, quer com as matérias-primas utilizadas, quer com quem produz as peças.

A produção de roupa deste movimento caracteriza-se por:

  • Apostar nos produtos e mão de obra locais;
  • Manter a produção a uma escala pequena ou média;
  • Diversificar a oferta;
  • Praticar preços justos, com base nos recursos mais ecológicos e na mão de obra;
  • Promover a consciência socioambiental, isto é, informar que este tipo de produção proporciona benefícios para a comunidade e que assegurou o cumprimento de determinados compromissos ambientais.

Porque é o slow fashion mais sustentável?

As roupas produzidas através deste modelo contam a sua história. Além de se dar primazia a matérias-primas mais naturais e ecológicas, cada peça tem uma origem, um toque especial, uma característica única. Os consumidores conseguem saber como cada produto foi feito e até por quem e onde.

Revelar todos os passos dados na produção de cada roupa faz com que esta ganhe maior valor e não seja tão facilmente descartada. Por outro lado, a produção e a compra de produtos de slow fashion contribuem não só para a economia local, como para a fomentação de boas condições de trabalho.

Que exemplos podemos encontrar em Portugal?

A RECICLA tem vindo a revelar diversos exemplos de marcas portuguesas que apostam neste movimento. Desde sapatos, a roupa, passando por acessórios e malas, o slow fashion parece ter vindo para ficar.

Mas, não só de novas produções vive este movimento. A roupa em segunda mão e a transformação de produtos antigos em novos são também formas de slow fashion.

Por isso, se está a pensar no que vai fazer à roupa que já não usa, lembre-se de que é possível, doar, trocar ou vender. Se vai comprar roupa nova, pense no planeta e dê um passo em frente para desacelerar a moda.