Há um novo restaurante a apostar nos bowls. Mas o que realmente o torna a não perder é o seu compromisso com a sustentabilidade. Chama-se BOWLsta e abriu portas em janeiro na Avenida da Liberdade, em Lisboa.

Servir qualquer tipo de refeição em tigelinhas (bowls) é uma tradição antiga proveniente de países orientais, como China e Coreia do Sul, e tem vindo a ganhar fãs por todo o lado, por cá também. Práticas e com uma apresentação irreverente, nelas cabem cada vez mais refeições saudáveis.

Mas, mais do que isso: a BOWLsta quer contribuir para minimizar o seu impacto no ambiente, pois afirma-se como um projeto que “nasce da vontade de combinar refeições saudáveis com responsabilidade”.

O que se pode então pedir neste restaurante?

Pensadas e criadas por uma chef internacional, as receitas são simples, saudáveis e nutritivas. O menu é composto por 11 bowls diferentes com dois tamanhos à escolha (750ml e 1000ml).

Os mais procurados têm sido o Satay Chicken Bowl, constituído por frango couve roxa, cebola roxa, espinafres, sementes sésamo e molho satay, e o Classic Salmon Poké, que contém salmão abacate, rabanete, queijo philadelphia, cebola crocante, rúcula, sementes de sésamo e molho soja.

É ainda possível escolher entre salmão, atum, frango ou tofu e a base pode ser de arroz ou quinoa. Há também três saladas há escolha, diversos sumos e, claro, sobremesas.

Mais do que compensar: impactar

Os responsáveis da marca explicaram à RECICLA que, antes de criar a BOWLsta, colocaram duas questões: “É possível ter um modelo de negócio desenhado desde o princípio a pensar em sustentabilidade?” e “Como podemos não só “compensar”, mas ter um impacto muito mais forte?”.

Com estas perguntas em cima da mesa, o projeto de entrega de refeições nasceu com vários objetivos traçados com vista a uma cadeia de valor mais sustentável.

Começando pela cozinha, esta é alimentada por energias renováveis para a confeção das refeições. As scooters utilizadas para levar estes bowls até casa dos clientes são elétricas e, por se tratar de um serviço de entregas, as embalagens são também uma preocupação: “A esmagadora maioria do nosso packaging é biodegradável”, afirmam.

Utilizam, sobretudo, produtos criados a partir de cana de açúcar e outros produzidos a partir de plástico PET reciclado. No entanto, a ideia não é ficar por aqui: “Sempre que possível, tentamos evitar o plástico, sendo que temos várias ideias de economia circular que queremos trabalhar juntamente com os nossos clientes para reduzir ainda mais os resíduos”, acrescentam.

Estes bowls são entregues num raio de quatro quilómetros, não implicam taxa de entrega, mas a cada pedido acrescentam-se pontos na conta dos clientes, pontos esses que, no final de cada ano, se transformam em árvores.

Como? A marca calcula o dióxido de carbono poupado com cada entrega, através de um contador de CO2 e, no final do ano, compromete-se a plantar o número de árvores equivalentes a esse volume.

“Temos um duplo objetivo: ajudar na consciencialização e, claro, queremos plantar para contribuir para um planeta melhor. O facto de indexarmos a plantação de árvores ao nosso programa de fidelização não é aleatório. Isso significa que quanto mais clientes escolherem a BOWLsta, mais CO2 somos obrigados a remover da atmosfera”, referem.

Para já, estas refeições são apenas distribuídas no centro de Lisboa, mas a marca promete expandir o negócio para mais três cozinhas ainda este ano, a segunda, já com data prevista para este mês em Carnaxide e durante o próximo ano para outras zonas do país.