11, Janeiro 2022
Todas as novidades sobre o Pacto para os Plásticos em dois minutos
Quase dois anos depois de ter sido criado, o Pacto Português para os Plásticos revela um primeiro balanço de tudo o que tem vindo a ser feito. Lembra-se de ter ouvido falar, mas não se recorda bem do que se trata? A RECICLA aviva-lhe a memória. Leia aqui a razão de ser, quais os objetivos e o que já foi alcançado desde fevereiro de 2020.
Quase dois anos depois de ter sido criado, o Pacto Português para os Plásticos revela um primeiro balanço de tudo o que tem vindo a ser feito. Lembra-se de ter ouvido falar, mas não se recorda bem do que se trata? A RECICLA aviva-lhe a memória. Leia aqui a razão de ser, quais os objetivos e o que já foi alcançado desde fevereiro de 2020.
E isto porque já está disponível o primeiro relatório que faz o balanço do Pacto Português para os Plásticos (PPP). Criado no início do ano passado, esta iniciativa ambicionava algumas metas tendo como horizonte 2025.
O que é e para que serve o Pacto?
O plástico é considerado imprescindível para diversas atividades no nosso dia a dia. No entanto, a forma como temos vindo a usar este material tem-se relevado nociva para o ambiente. Cabe, por isso, a cada um de nós fazer uma utilização mais responsável, tornando-o cada vez mais circular. Foi com este intuito que o PPP foi criado, para o tornar mais reutilizável e reciclável.
Esta iniciativa, liderada pela Associação Smart Waste Portugal, enquadra-se na rede internacional da New Plastics Economy, da Fundação Ellen MacArthur, e reúne empresas de diferentes setores de atividades, assim como organizações governamentais e não governamentais, escolas e universidades.
Quais os objetivos e o que já foi atingido?
Até agora, Portugal já conseguiu subir alguns degraus nos diferentes objetivos:
1. objetivo: eliminar alguns plásticos
- Apesar de a pandemia ter contribuído para o aumento do consumo de embalagens de take away e de delivery, Portugal já colocou em vigor a proibição de alguns plásticos de uso único, como caixas de plástico, talheres, palhinhas ou cotonetes. Esta nova diretriz vai permitir que, em 2025, a quantidade de plásticos de utilização única a circular seja bem menor.
2. objetivo: plástico reutilizável ou reciclável
- Os parceiros do PPP já conseguiram tornar recicláveis 52% das embalagens que colocam no mercado. O que significa que, em 2020, mais de 91.520 toneladas de embalagens, depois de consumidas, poderiam seguir para reciclagem. No que toca às embalagens reutilizáveis, notou-se um aumento de 1%, face a 2019.
3. objetivo: conseguir reciclar mais
- Apesar de não haver ainda dados relativos a 2020, numa comparação entre 2018 e 2019, a reciclagem de embalagens de plástico tinha crescido dois pontos percentuais. Em 2019, Portugal reciclou 36% das suas embalagens, o que corresponde a mais de 148 mil toneladas.
4. objetivo: incorporar plástico reciclado
- Em 2020, os membros do PPP incorporaram, em média, 11% de plástico reciclado nas suas embalagens. Este valor traduz-se no crescimento de um ponto percentual face ao ano anterior.
5. objetivo: sensibilizar todos para esta problemática
- Considerada uma das metas mais importantes, o quinto objetivo procura sensibilizar os portugueses para a problemática dos plásticos. Um estudo realizado este ano pela Sociedade Ponto Verde dá conta de que 83% dos inquiridos consideraram os plásticos como os materiais que têm maior impacto ambiental.
O que é preciso continuar a fazer para o futuro?
Todas as iniciativas são bem-vindas
- Até à data, foram contabilizados mais de 60 projetos de investimento e desenvolvimento relacionados com a circularidade dos plásticos.
Falar cada vez mais sobre esta matéria
- Desde que a iniciativa foi criada, já foram divulgadas mais de 90 publicações sobre os plásticos para dar a conhecer a problemática a toda a comunidade. Campanhas como “Vamos reinventar o plástico” foram importantes para envolver os portugueses neste movimento.
Ser parte ativa e contribuir para este pacto
- Além de empresas, são também já dez os municípios que fazem parte ativa deste pacto. Isto significa que mais de um milhão e meio de portugueses vive em concelhos envolvidos nesta matéria.