Está a chegar o Dia Mundial da Alimentação. Celebra-se a 16 de outubro desde 1945, data em que foi fundada a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Tendo como objetivo alertar e consciencializar para questões relacionadas com a alimentação e nutrição, esta é a altura perfeita para rever o bê-á-bá de uma dieta saudável e sustentável ao mesmo tempo. Siga estes passos.

O Serviço Nacional de Saúde define como alimentação saudável aquela que se revela “completa, variada e equilibrada, proporcionando a energia adequada e o bem-estar físico ao longo do dia”. Já a FAO descreve a alimentação sustentável como uma forma de consumir alimentos de forma a assegurar a proteção da biodiversidade.

Em termos concretos aqui ficam algumas ideias:

1. Alimentos saudáveis e sustentáveis

Para adotar melhores hábitos alimentares, há que optar por mais fruta e legumes. E para tornar este consumo mais sustentável comece por escolher produtos nacionais, sazonais e biológicos. Ao escolher produtos com estas características está a dar preferência a alimentos que percorreram menos quilómetros até chegar até si, e que foram produzidos sem recurso a agroquímicos, ao mesmo tempo que promove a produção nacional.

Na compra de frutas e legumes pode ainda optar pela compra a granel. A maior parte dos supermercados disponibiliza este modelo de comércio, permitindo que escolha a quantidade que pretende, evitando o desperdício por compra em excesso. A juntar a esta opção vem ainda a reutilização de sacos. Quer sejam de plástico ou de algodão, sempre que possível, volte a usar os que já tem.

2. Uma dieta mais flexitariana

Para ser saudável, a alimentação deve ser variada recorrendo a quantidades proporcionais de proteína animal, isto é, carne e peixe. Para juntar uma pitada de sustentabilidade nesta medida, experimente reduzir a quantidade de carne e peixe no dia a dia, passando, por exemplo, a fazer refeições vegetarianas duas ou três vezes por semana. 

Pode parecer difícil, à partida, mas nada como experimentar. Um dia dedicado ao vegetarianismo pode passar por começar com papa de cereais, torrada com doce ou manteiga de amendoim, ou uma tigela de cereais com bebida vegetal. Segue-se o almoço, em que o ideal é começar por uma sopa de vegetais, seguida de, por exemplo, um risoto de cogumelos ou um empadão de lentilhas e batata doce. Para o lanche, não se esqueça da fruta, em pedaços ou em sumo; iogurte vegetal e granola; bolachinhas de aveia ou alfarroba, entre diversas outras opções. Já na hora do jantar, volte à sopa e prepare algo mais leve para o conduto. Porque não uma salada ou um wrap com húmus e falafel? Ficam as sugestões.

3. Usar os alimentos na sua totalidade

Como já aqui nos contou o chef Fábio Bernardino, cozinhar os alimentos com casca permite que “se mantenham mais fibras, vitaminas e minerais nas refeições, aliando a alimentação saudável à sustentável”.  Por isso, está na altura de experimentar consumir frutas e legumes com casca.

Se, ainda assim, preferir manter o hábito de descascar os vegetais e a fruta, em vez de descartar, dê uma nova oportunidade às cascas e talos com outras receitas. Há imensas possibilidades:

  • Bolinhos de talos e folhas;
  • Sopa de folha de couve-flor;
  • Bolo de casaca de banana;
  • Bolo de casca de laranja;
  • Sumo de casca de maça;
  • Gelados com fruta demasiado madura.

Além disso, utilizar sobras de comida para novas refeições ajuda também a combater o desperdício alimentar. Existem muitas formas de criar novos pratos e salvar refeições anteriores. A RECICLA deixa-lhe algumas ideias para que possa dar nova vida às suas sobras.