17, Fevereiro 2023
Esta ideia põe o plástico reciclado sobre rodas
Há uma nova iniciativa que está a “pôr o plástico a andar”, em Cascais. Não, não se trata de abolir este tipo de material, mas sim de lhe dar um propósito mais circular e… deslizante. Da reciclagem de alguns plásticos estão a nascer skates para a comunidade que frequenta o SkatePark do Bairro da Torre. Esta ideia sustentável foi também a vencedora do 1.º prémio da iniciativa da Sociedade Ponto Verde Junta-te ao Gervásio, na categoria Juntas de Freguesia.
Há uma nova iniciativa que está a “pôr o plástico a andar”, em Cascais. Não, não se trata de abolir este tipo de material, mas sim de lhe dar um propósito mais circular e… deslizante. Da reciclagem de alguns plásticos estão a nascer skates para a comunidade que frequenta o SkatePark do Bairro da Torre. Esta ideia sustentável foi também a vencedora do 1.º prémio da iniciativa da Sociedade Ponto Verde Junta-te ao Gervásio, na categoria Juntas de Freguesia.
A ideia surge no âmbito de um projeto mais antigo, o Movimento Claro, que parte do alerta para a poluição marítima e do lixo deixado nos areais das praias. Este movimento já tinha um programa em que levava as máquinas do Precious Plastic em ações com escolas no concelho de Cascais. A proposta de produzir skates veio da ideia de trabalhar a componente ambiental, mas também de atribuir um melhor destino ao plástico.
O Movimento Claro cresce e evolui para uma associação juvenil sediada em Cascais, que, entre algumas iniciativas, em 2021, faz surgir o Torre Plstik.
Junto ao SkatePark do Bairro da Torre, na freguesia de Carcavelos, há um antigo contentor de carga de navios pintado e reabilitado como unidade de reciclagem.
Lá dentro, o plástico de tampas de embalagens, como os frascos champôs, é reciclado e transformado em skates para utilização pública.
Estes plásticos são provenientes de limpezas das praias da região, mas também da separação feita em algumas escolas primárias e restaurantes do concelho.
Depois de recolhidos ou recebidos, são triturados e colocados num molde, dentro desta oficina. O molde vai ao forno e de lá saem as pranchas que dão origem aos skates. Cada uma com, aproximadamente, um quilo e meio de plástico reciclado. Até ao momento já foram criados 90 skates.
O Torre PLSTIK começou por produzir skates, mas rapidamente evoluiu para outros produtos, como raquetes de Ping Pong, bancos, tampos de mesa e troféus, portanto a quantidade total de plástico reutilizado no projeto já ultrapassa os 140 quilos.
Tanto moradores como frequentadores do parque podem testar e utilizar estes skates. Sendo este um projeto com uma forte componente ambiental, além do R de reciclagem, o Torre Plstik dá também uso ao R de reutilização.
Por isso, quem tiver material que já não usa, como rolamentos, parafusos ou chassis, pode doá-los. O mesmo se aplica a equipamentos de proteção, como capacetes, joalheiras ou cotoveleiras. Se já não lhes quiser dar uso, pode oferecer a este projeto que, por sua vez, vai disponibilizá-los aos praticantes da modalidade.
Além de um projeto ambiental, que sensibiliza para a reciclagem e limpeza das praias, o Torre Plstik é também uma iniciativa social, que se propõe democratizar a prática de skate.