Todas as nossas ações têm impacto no ambiente, mas o que dizer das refeições? Como podemos tornar os nossos almoços e jantares mais amigos do ambiente? A RECICLA deixa-lhe algumas sugestões.

Planear refeições

A melhor forma de fazer refeições com baixo impacto é começar por um plano. Sabe quantas pessoas vão consumir o almoço ou jantar que vai preparar? Já sabe o que vai fazer? Será que tem todos os ingredientes de que precisa?

Estas são as perguntas fundamentais para garantir que não prepara doses desproporcionais e que não tem de se deslocar para comprar ingredientes mais do que uma vez.

 Os ingredientes são a chave das refeições com menor pegada ecológica

Para que a refeição tenha um menor impacto ambiental é preciso ter em conta vários aspetos. É necessário saber pormenores como:

1.   Quais são os produtos da época?

Em janeiro, é tempo de peixes, mariscos e moluscos como o atum, o carapau, a dourada, o choco, a lula, o mexilhão, o lavagante, o linguado, o polvo, ou o safio entre vários outros.

Já no que à lista das frutas e legumes diz respeito, é a altura ideal para consumir abóbora, agrião, alho francês, couve brócolo, lombarda e flor, cenoura, nabos, nabiças e grelos, bem como ananás, laranja, banana, maçã, pera, quivi, tangerina, nozes, pinhões e amêndoas.

Consumir produtos de época é melhor para o ambiente. No caso das leguminosas e frutas, estas desenvolvem-se de acordo com o clima da estação e da região, permitindo reduzir o número de fertilizantes e químicos para o seu crescimento.

Ao optar por alimentos da época está também a adquirir produtos mais ricos em nutrientes e vitaminas. No caso do pescado, a vantagem prende-se com a altura de desenvolvimento da espécie. Ao escolher peixe, marisco e moluscos que devem ser consumidos numa determinada altura do ano, está a dar preferência a espécies maduras e em fase ideal de consumo, garantindo assim a manutenção da espécie.

2. De onde são provenientes?

Saber de onde são provenientes os produtos é também fundamental. Quer adquira produtos nos supermercados ou em mercearias procure sempre saber se está a escolher alimentos produzidos em Portugal ou da sua região. Lembre-se de que quanto menor for o transporte do produtor ao consumidor, menor será a pegada carbónica.

3. Como os adquirimos?

Para juntar à lista de pormenores que tornam as nossas refeições mais amigas do ambiente é preciso pensar ainda na forma como adquirimos os produtos.

Por exemplo, como se desloca até às compras? Já pensou se não poderia realizar o percurso a pé?

Utiliza sacos reutilizáveis para trazer os produtos? E qual a solução para opções a granel como frutas e legumes, já experimentou reutilizar sacos também para estes alimentos?

Um último pormenor importante é optar e reutilizar caixas herméticas para adquirir produtos como carne ou enchidos do talho e até como forma de transportar o peixe escolhido na peixaria.

 Uma refeição com menor pegada ambiental é a que é totalmente aproveitada

Depois de realizada a receita há que saber como aproveitar tudo o que sobrou. Segundo os dados mais recentes sobre o desperdício alimentar em Portugal*, calcula-se que sejam descartados anualmente cerca de 1 milhão e 800 toneladas de alimentos. Não deixe que as sobras acabem descartadas ou estragadas. Inspire-se aqui para criar novas refeições. 

Tomou nota de tudo o que precisa fazer para reduzir a pegada carbónica das suas refeições? Continue a ler a RECICLA para saber mais sobre refeições mais amigas do ambiente e sem desperdício alimentar

 * Movimento Unidos contra o Desperdício