Está a pensar em renovar o seu guarda-roupa para a próxima estação? Os dias mais longos e o sol de inverno convidam a compras, mas não deixe que o impulso leve a melhor. Pense primeiro no ambiente. A RECICLA deixa-lhe algumas das tendências mais eco-friendly e apresenta-lhe novas marcas portuguesas que surgem de ideias sustentáveis.

3 tendências eco-friendly a seguir

Slow Fashion

Em oposição ao fast fashion, isto é, moda de rápido consumo, o movimento Slow Fashion procura ser uma alternativa mais sustentável. Pode traduzir-se para “moda lenta” e pretende, sobretudo, ser um estilo em que quem compra pensa além da peça de roupa e se preocupa também com os seus impactos, desde os sociais, aos ambientais. 

Como optar por este estilo?

  • Prefira peças de roupa produzidas em pequenas quantidades;
  • Escolha tendo em conta informações como em que condições a roupa foi produzida, que impacto ambiental ou social implicou a sua produção;
  • Compre apenas se necessário e não por impulso.

Comprar em segunda mão

Esta é uma tendência cada vez mais em voga. Além de diversas plataformas online, como a Vinted ou a MyCloma, onde pode não só comprar como também vender roupas que já não utiliza, estão também a crescer os espaços físicos que vendem ou compram roupa.

Alugar para ocasiões específicas

Se vai ter uma festa ou ocasião para a qual precisa de se apresentar com um dress code específico, em vez de comprar pode pedir emprestado ou ainda alugar numa loja, como a Rental Mode LISBOA. É melhor para a carteira, para a arrumação do armário e para o planeta.

Marcas que traçam tendências eco-friendly

Há já muitas marcas que procuram diminuir o seu impacto ambiental. Umas permitem entregar roupa para reciclagem, outras estão empenhadas em produzir vestuário com recurso a materiais mais sustentáveis ou reciclados.

É o caso da UGlowDifferent. Esta marca portuguesa foi criada por Teresa Araújo e Pedro Carvalho, em 2021. Entre as malas e os diversos acessórios que manufatura, o casal uniu à vontade de criar peças únicas a reutilização e a reciclagem.

“Com este projeto, queremos dar o nosso contributo com a reciclagem de produtos, peças e materiais que seriam depositados num aterro e que demorariam décadas a desaparecer”, explica a cofundadora Teresa Araújo.

Neste momento, a marca conta com estojos e capas para agendas e/ou cadernos feitos a partir de lonas publicitárias. Mas, as inovações não ficam por aqui. A fundadora acrescenta que já estão a preparar novos produtos feitos com pedaços de capotas de carro, cintos de segurança, airbags e tecido de windsurf.

Outro exemplo recentemente lançado é a lauqē world®. Esta marca portuguesa, criada pelos arquitetos e designers Rita Andrade da Costa e João Félix Coelho, procura incluir princípios de sustentabilidade em todas as peças que produz.

“Começámos por criar uma vertente mais descontraída inspirada na natureza e na aventura, composta por t-shirts e sweatshirts minimalistas, com cores únicas, em algodão orgânico e poliéster reciclado”, descreve a cofundadora Rita Andrade da Costa.

As peças são produzidas em pequenas quantidades e com um design intemporal, para que possam ser usadas por todas as gerações de uma família.

Para o fabrico, recorrem a algodão orgânico, de sementes não geneticamente modificadas e cultivado sem recurso a químicos ou agrotóxicos. Utilizam ainda poliéster reciclado, proveniente de garrafas de plástico, resíduos têxteis e até redes de pesca velhas e fio Seaqual de poliéster 100% reciclado pós-consumo.

A juntar a todas estas características, por cada venda, 1 euro reverte a favor da associação ANP/ WWF, para apoio ao trabalho que desenvolve pela conservação da natureza.

Nesta primavera, aplique a regra dos 3 R também na moda: reduza nas compras, reutilize o que for possível e entregue para reciclagem o que já não pode usar. Assine a newsletter da RECICLA e acompanhe as dicas e tendências sustentáveis todas as semanas.